(Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo) |
Na quinta-feira, João Matias realizou uma exibição que esteve perto de lhe valer uma medalha. A quebra física acabou com o sonho, mas um dia depois Ivo Oliveira apareceu a fazer o que já se sabe que faz muito bem. Juntamente com o irmão, Rui, Ivo é aos 20 anos o melhor ciclista de pista que Portugal tem (e teve). Apesar de estar num processo de adaptação à estrada, o ciclista quer manter o mais possível o contacto com as suas origens e tem o apoio de Axel Merckx, que este ano contratou-o ele e o irmão para a Axeon Hagens Berman, considerada a melhor equipa de sub-23 do mundo. Esta sexta-feira, Ivo mostrou porque não deve abandonar a pista, pois a sua evolução com ciclista passa também por ela e cada vez mais também passa por ambicionar somar às medalhas conquistadas como junior e sub-23, umas de elite. Em Hong Kong ficou em sexto na perseguição individual, alcançando o melhor resultado de sempre de um ciclista português em Mundiais de pista, no escalão de elite, e fica cada vez mais a sensação que com apenas 20 anos, Ivo está destinado a conquistar muito mais e melhor.
O corredor de Gaia cumpriu os quatro quilómetros em 4:19.250 minutos, com uma média de 55,544 quilómetros/hora e o sexto lugar garantiu que ficasse cumprido o objectivo do seleccionador Gabriel Mendes, ou seja, um top dez. O australiano Jordan Kerby foi o campeão do mundo e o seu compatriota Kelland O'Brien ganhou a medalha de bronze. Com a prata ficou o italiano Filippo Ganna, que foi o campeão em 2016 e é colega de Rui Costa na UAE Team Emirates.
Apesar da perseguição individual ser uma das especialidades de Ivo Oliveira, é no omnium que o ciclista quer apostar ainda mais forte este sábado, pois é uma disciplina olímpica e um objectivo para Tóquio2020. O omnium é um conjunto de quatro provas: o scratch (7:10), tempo race (8:00), eliminação (12:20) e corrida por pontos (15:00).
João Matias também regressou hoje à pista de Hong Kong para a corrida por pontos. Depois do brilharete no scratch no dia anterior, o ciclista da LA Alumínios-Metalusa-BlackJack terminou na 19ª posição, com 17 pontos negativos. Conseguiu pontuar em dois sprints, mas já na fase final foi dobrado e perdeu 20. Ainda assim, há que referir que foi a estreia do corredor de 25 anos nestas andanças e mesmo não tendo alcançado o desejado top dez, Matias deixou boas indicações para o futuro próximo.
O vencedor desta corrida foi o australiano Cameron Meyer (76 pontos). O belga Kenny de Ketele ficou com a medalha de prata e o polaco Wojciech Pszczolarski com a de bronze. Ambos somaram 40 pontos.
Os Mundiais de pista terminam no domingo, mas a participação portuguesa ficará concluída já este sábado.
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