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Na fase das clássicas do pavé também havia muitos candidatos, mas inevitavelmente as atenções centraram-se em Peter Sagan e Greg van Avermaet e o belga foi mesmo o rei dessas corridas, tendo perdido a Volta a Flandres para um renascido Philippe Gilbert. Avermaet vai à Amstel Gold Race e estando on fire em 2017, já tudo se espera do ciclista da BMC. Mas é em Gilbert que a Bélgica mais olha neste caso. Este é o terreno em que o corredor da Quick-Step Floors se notabilizou e em 2011 fez mesmo a tripla das Ardenas.
A lesão de Julian Alaphilippe dá uma liderança praticamente indiscutível a Gilbert para as três corridas. Daniel Martin é também uma forte possibilidade, até porque já conquistou uma Liège-Bastogne-Liège em 2013, mas perante o momento de forma de Gilbert, o belga será sempre o plano A. Na Amstel Gold Race (este domingo), o ciclista de 34 anos procurará a sua quarta vitória.
Valverde vai nos 36 e simplesmente parece cada vez melhor. A idade deu-lhe experiência e tendo em conta todas as características que o fazem temível em quase todos os terrenos, o espanhol é cada vez mais um exemplo perfeito do que é um ciclista completo. Longe estão cada vez mais os tempos em que corredores com as idades do espanhol e Gilbert já eram considerados velhos. Para estes dois ciclistas, nesta altura das suas carreiras, a idade não é mais do que um número. Gilbert teve uma travessia no deserto na BMC, Valverde viveu-a durante a sua suspensão por doping. Porém, quando regressou à competição continuou a construir um currículo que já ultrapassa cem vitórias e este ano já são 12, contando com etapas e classificações gerais, por pontos e montanha.
E o "Bala", como é conhecido, quer juntar mais uma, que será inédita. É que apesar das Ardenas ser uma semana que tanto gosta, nunca conquistou a Amstel, ao contrário da Flèche Wallonne (quatro, incluindo as últimas três edições) e da Liège-Bastogne-Liège (três).
Digamos que Valverde e Gilbert são como os cabeças de cartaz, num filme com muitos actores brilhantes. Michal Kwiatkowski (Sky) também regressou ao seu melhor este ano, tal como Gilbert, com a grande diferença de ter apenas 26 anos. Depois de mais de um ano longe do seu melhor, de uma assentada ganhou a Strade Bianche e a Milano-Sanremo, o seu primeiro monumento. Não esquecer que estamos a falar de um campeão do mundo (2014) e que em 2015 venceu a Amstel Gold Race. O polaco é tão favorito como Valverde e Gilbert.
Michael Matthews prometeu muito à Sunweb, que o contratou este ano, mas está com dificuldades em retribuir a confiança da equipa e em cumprir as promessas. Ele que costuma começar bem as temporadas (ainda que tenha tendência a arrancar mais tarde do que o normal), em 2017 só soma uma vitória e a Amstel e a Flèche Wallonne serão duas corridas muito importantes para o australiano, que não está escalado para a Liège-Bastogne-Liège.
Roman Kreuziger (Orica-Scott), Lars Boom (Lotto-Jumbo) e Jakob Fuglsang (Astana) são ciclistas a ter sempre em conta. Há ainda uma Lotto Soudal desesperada por salvar algo desta época de clássicas. Tim Wellens e Tiesj Benoot têm a responsabilidade de não só colocar a equipa na luta, mas de dar o tudo por tudo por uma desejada (e quase desesperada) vitória.
E atenção, mas mesmo muita atenção, a Rui Costa. O ciclista português esteve um mês afastado da competição depois de um início de ano fulgurante e regressa agora para a semana das Ardenas, com uma motivação renovada para conquistar o monumento que tanto ambiciona: a Liège-Bastogne-Liège. Em 2016 foi terceiro, após de um 10º lugar na Flèche Wallonne e um 17º na Amstel Gold Race. Depois da etapa rainha em San Juan e em Abu Dhabi, mais a geral na corrida do Médio Oriente, Rui Costa sonha com uma clássica, antes de fazer a sua estreia na Volta a Itália.
Há um ano Enrico Gasparotto surpreendeu ao vencer a Amstel Gold Race, então ao serviço da Wanty-Groupe Gobert. O triunfo chamou novamente a atenção para um ciclista há muito afastado da ribalta e o italiano até regressou em 2017 ao World Tour, ao assinar pela Bahrain-Merida. A formação do Médio Oriente conta ainda com um Sonny Colbrelli muito entusiasmado para continuar a mostrar que está preparado para se debater com os melhores, já contando com duas vitórias este ano, a última na clássica De Brabantse Pijl-La Flèche Brabançonne.
A Amstel Gold Race é a segunda corrida de um dia mais longa, 261 quilómetros entre Maastricht e Berg en Terblijt, depois da Milano-Sanremo. Serão 35 subidas para enfrentar, com a última, Bemelerberg, a cinco quilómetros da meta. O Cauberg não faltará e os ciclistas passarão por este muro três vezes.
Quarta-feira será dia de Flèche Wallonne (200,5 quilómetros) e no domingo, 23 de Abril, a Liège-Bastogne-Liège (258) fecha a semana das Ardenas.
»»Épico Gilbert reacende sonho dos cinco monumentos««
»»O segredo do sucesso de Valverde aos 36 anos e o que seria se não fosse ciclista««
»»É preciso um campeão do mundo para derrotar um campeão do mundo««
Digamos que Valverde e Gilbert são como os cabeças de cartaz, num filme com muitos actores brilhantes. Michal Kwiatkowski (Sky) também regressou ao seu melhor este ano, tal como Gilbert, com a grande diferença de ter apenas 26 anos. Depois de mais de um ano longe do seu melhor, de uma assentada ganhou a Strade Bianche e a Milano-Sanremo, o seu primeiro monumento. Não esquecer que estamos a falar de um campeão do mundo (2014) e que em 2015 venceu a Amstel Gold Race. O polaco é tão favorito como Valverde e Gilbert.
Michael Matthews prometeu muito à Sunweb, que o contratou este ano, mas está com dificuldades em retribuir a confiança da equipa e em cumprir as promessas. Ele que costuma começar bem as temporadas (ainda que tenha tendência a arrancar mais tarde do que o normal), em 2017 só soma uma vitória e a Amstel e a Flèche Wallonne serão duas corridas muito importantes para o australiano, que não está escalado para a Liège-Bastogne-Liège.
Roman Kreuziger (Orica-Scott), Lars Boom (Lotto-Jumbo) e Jakob Fuglsang (Astana) são ciclistas a ter sempre em conta. Há ainda uma Lotto Soudal desesperada por salvar algo desta época de clássicas. Tim Wellens e Tiesj Benoot têm a responsabilidade de não só colocar a equipa na luta, mas de dar o tudo por tudo por uma desejada (e quase desesperada) vitória.
E atenção, mas mesmo muita atenção, a Rui Costa. O ciclista português esteve um mês afastado da competição depois de um início de ano fulgurante e regressa agora para a semana das Ardenas, com uma motivação renovada para conquistar o monumento que tanto ambiciona: a Liège-Bastogne-Liège. Em 2016 foi terceiro, após de um 10º lugar na Flèche Wallonne e um 17º na Amstel Gold Race. Depois da etapa rainha em San Juan e em Abu Dhabi, mais a geral na corrida do Médio Oriente, Rui Costa sonha com uma clássica, antes de fazer a sua estreia na Volta a Itália.
Há um ano Enrico Gasparotto surpreendeu ao vencer a Amstel Gold Race, então ao serviço da Wanty-Groupe Gobert. O triunfo chamou novamente a atenção para um ciclista há muito afastado da ribalta e o italiano até regressou em 2017 ao World Tour, ao assinar pela Bahrain-Merida. A formação do Médio Oriente conta ainda com um Sonny Colbrelli muito entusiasmado para continuar a mostrar que está preparado para se debater com os melhores, já contando com duas vitórias este ano, a última na clássica De Brabantse Pijl-La Flèche Brabançonne.
A Amstel Gold Race é a segunda corrida de um dia mais longa, 261 quilómetros entre Maastricht e Berg en Terblijt, depois da Milano-Sanremo. Serão 35 subidas para enfrentar, com a última, Bemelerberg, a cinco quilómetros da meta. O Cauberg não faltará e os ciclistas passarão por este muro três vezes.
Quarta-feira será dia de Flèche Wallonne (200,5 quilómetros) e no domingo, 23 de Abril, a Liège-Bastogne-Liège (258) fecha a semana das Ardenas.
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