(Fotografia: Twitter @GiantAlpecin) |
Aos poucos a Giant-Alpecin tenta regressar ao normal. John Degenkolb vai finalmente estrear-se este ano, depois de em Janeiro ter sido atropelado, juntamente com cinco colegas de equipa, por um carro que se deslocava em contra-mão. A Giant não soma qualquer vitória este ano, pelo que regresso da sua principal estrela é quase um suspirar de alívio.
Quase porque o próprio Degenkolb vai tentando afastar uma possível pressão para começar rapidamente a ganhar. "Não estou aqui certamente com o objectivo de ganhar. O que pretendo é recuperar a sensação de pedalar novamente no pelotão", afirmou o alemão. No entanto, a escolha da corrida não foi por acaso. Degenkolb vai pedalar em casa, na Rund um den Finanzplatz Eschborn-Frankfurt (no domingo), competição que venceu em 2011. "É a minha corrida, em casa, o que torna [este momento] ainda mais especial para mim. Estou muito agradecido a todas as pessoas que me apoiaram e que tornaram possível eu voltar a competir."
O estágio no sul de Espanha, no início do ano, tornou-se num pesadelo para a Giant. Além de Degenkolb, Warren Barguil, Chad Haga, Fredrik Ludvigsson, Ramon Sinkeldam e Max Walscheid foram atropelados. Chad Haga foi inicialmente o caso que mais assustou. Mas o norte-americano conseguiu volta a competir dois meses depois. Já Degenkolb quase perdeu um dedo e o problema na mão revelou ser mais incapacitante do que o esperado. Ainda foi alimentada a esperança que o alemão conseguiria recuperar a tempo das clássicas. Quando foi confirmado que na melhor das hipóteses Degenkolb regressaria em Maio, a Giant viu parte da sua temporada eclipsar-se.
Em 2015, Degenkolb venceu a Milano-San Remo e o Paris-Roubaix. Dois monumentos. As vitórias do alemão ajudaram a esquecer que a grande estrela Marcel Kittel teve um ano para esquecer, devido a doença. Este ano, Kittel deixou a equipa e rumou à Ettix-QuickStep. A importância de Degenkolb aumentou substancialmente. Perder o ciclista por um acidente tão evitável foi um duro golpe na Giant.
Por mais que Degenkolb tente afastar alguma pressão, a verdade é que a falta de resultados da equipa faz com que a Giant desespere por uma vitória do seu sprinter, numa altura que as principais clássicas já ficaram para trás. É a única equipa do World Tour sem triunfos. Tom Dumoulin e Warren Barguil não conseguiram nenhum triunfo para pelo menos tirar a equipa do zero.
Ter Degenkolb de volta não significa que a Giant possa suspirar completamente de alívio, pois falta saber em que condições está o alemão. No entanto, o regresso do ciclista pode no imediato servir para motivar a equipa que assim começa a voltar ao normal. Normalidade essa que só chegará por completo quando alcançar uma vitória.
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