© João Fonseca Photographer |
Uma das novidades está no arranque da Algarvia. Lagos tornou-se numa cidade de vitórias para os melhores sprinters do mundo, mas em 2021 irá receber a partida da corrida com categoria mais elevada em Portugal. A Volta ao Algarve pertence ao circuito ProSeries e é uma das provas deste escalão que mais apela às grandes equipas mundiais. Para se saber quais são - se a Algarvia tivesse ido para a estrada em Fevereiro teria havido um recorde de formações do World Tour na prova -, vamos ter de esperar um pouco mais, mas é expectável que estejam alguns sprinters de renome a procurar ganhar em Portimão.
Local de partida em edições recentes, receberá o final da primeira etapa em 2021, que terá 189,5 quilómetros de extensão. Desde 2012 que Portimão não estava nesta condição. Então assistiu-se a Bradley Wiggins vencer o contra-relógio, meses antes de conquistar a Volta a França.
Na segunda etapa, vamos até à Fóia. A habitual subida na Serra de Monchique tem sido palco de bons espectáculos de ciclismo. Ali venceram nos dois últimos anos dois jovens talentos: Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep) e Tadej Pogacar (UAE Team Emirates). Michal Kwiatkowski (Sky) foi o melhor em 2018 e nestas três edições, quem ganhou na Fóia, conquistou a Algarvia.
A lindíssima paisagem de Sagres marcará o início de uma tirada com 182,8 quilómetros. Nos derradeiros 30 haverá três subidas e no total deste exigente dia, o pelotão somará um acumulado de 4100 metros.
O contra-relógio que, quando não fecha a corrida, surge por vezes na terceira etapa, será apenas no sábado. Ou seja, antes haverá mais uma oportunidade para os sprinters. Dia longo na sexta-feira, com 203,1 quilómetros e com Tavira a manter a tradição de uma chegada sempre emocionante para os homens mais rápidos. A tirada começa em Faro.
Pelo quarto ano consecutivo, Lagoa é o local eleito para o contra-relógio, no habitual percurso de 20,3 quilómetros. Dia importante que surge antes da subida ao Malhão.
Serão 170,1 quilómetros com muito sobe e desce. A fase final terá a subida em Vermelhos (3,2 quilómetros a 5,9%, a 43,1 quilómetros da chegada), Ameixeiras (apenas um quilómetro, mas a 14%, a 32,2 quilómetros da meta) e Alte (2,1 quilómetros a 5%, a 14 quilómetros do final). E depois, claro, o Malhão: 2,6 quilómetros com inclinação média de 9,2%. Este ano só se subirá uma vez ao Malhão.
Miguel Ángel López (Astana) venceu no ano passado, com Zdenek Stybar (Deceuninck-QuickStep) a surpreender em 2019, quando na época anterior Kwiatkowski dominou não só na Fóia, mas também no Malhão. E em 2017? Foi o grande momento do ciclismo nacional em tempos recentes na Volta ao Algarve, com o homem da casa a vencer: Amaro Antunes (W52-FC Porto).
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