© Unipublic/Charly López/La Vuelta |
Aqui fica como se comportaram as 22 equipas, pela ordem da classificação colectiva. Agora é esperar por 2021 para vermos de novo o melhor do ciclismo na estrada.
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Astana: É uma equipa partida. Aleksandr Vlasov e Ion Izagirre destacaram-se. O primeiro porque ficou à porta do top dez na sua estreia em grandes voltas - atenção a este jovem russo para 2021 -, o segundo venceu uma etapa. Porém, os ciclistas da Astana parecem correr muito por si e não em prol de um líder. Ficou a sensação que talvez a Astana pudesse ter conseguido algo melhor se Vlasov não estivesse tão só. É um problema que não se viu só na Vuelta. A equipa cazaque tem muito a repensar na sua forma de correr nas grandes voltas.
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Mitchelton-Scott: Esteban Chaves ainda prometeu nos primeiros dias, mas depois foi mais do mesmo. O colombiano não consegue regressar à sua melhor forma e a equipa ressente-se disso quando aposta mais nele. Mikel Nieve foi top 15, mas acabou por ser uma formação que passou despercebida na Vuelta.
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Ineos Grenadiers: Foi à Vuelta com a intenção de a ganhar. Mas mais uma vez ficou bem claro que a equipa britânica não tem a força de outros tempos e Richard Carapaz também sofreu com isso. O equatoriano surgiu bem na corrida, foi líder por duas vezes, mas ficou muito rapidamente sozinho sempre que as principais subidas surgiram. Chris Froome ainda chegou a ver-se a certa altura, mas não chegou. Andrey Amador foi de longe o melhor gregário, mas acabava por se desgastar em demasia por entrar muito cedo ao trabalho. Carapaz sai da Vuelta com nota positiva, a equipa sai a saber que ganhou um Giro de forma inesperada com Tao Geoghegan Hart, mas se quer ser novamente competitiva frente a uma Jumbo-Visma cada vez mais forte, vai ter de melhorar o funcionamento do seu colectivo.
Groupama-FDJ: Andou discreta, mas teve David Gaudu a bom nível. Thibaut Pinot cedo abandonou, no que se tornou numa oportunidade para o jovem francês de se mostrar. Duas etapas, top dez... Gaudu não será gregário por muito mais tempo. Já era visto como sucessor de Pinot, agora poderá muito bem partilhar uma liderança nas grandes voltas. A boa notícia para a Groupama-FDJ nesta Vuelta foi mesmo essa: tem mais uma opção para número um.
Sunweb: Com uma média de idades a rondar os 23 anos, normalmente não se esperaria muito de uma equipa com tantos estreantes em grandes voltas. Porém, depois de um Tour e Giro de grande nível, a Sunweb atraiu algumas atenções. Com as expectativas mais altas, acabou por ser uma desilusão não ver os jovens ciclistas mais activos. Mas dentro do possível cumpriram. Entraram em fugas, tentaram ganhar etapas. Não se poderia pedir muito mais dada a inexperiência da maioria dos atletas convocados.
© Photo Gomez Sport/La Vuelta |
CCC: Passou completamente ao lado da corrida. O maior destaque foi para Will Barta que foi segundo no contra-relógio. É uma equipa em fim de vida e os seus ciclistas mal se viram. Entraram numa ou outra fuga, mas foi muito pouco, não ajudando ter Simon Geschke e Francisco Ventoso abandonarem. Prestação muito fraca.
AG2R: Só três ciclistas terminaram a Vuelta! Entrou em fugas, mas foi uma equipa que pouco se viu e que demonstrou que está claramente a precisar de um novo rumo, algo que deverá começar a acontecer em 2021.
NTT: Mais uma formação que passou despercebida. Talvez pese a incerteza se irá ou não continuar no próximo ano. Só Gino Mäder se mostrou e ainda se viu Michael Valgren. Mas foi pouco, muito pouco para uma equipa que bem precisava de se mostrar e com ciclistas ainda sem contrato para a próxima temporada.
Deceuninck-QuickStep: Não foi uma grande volta para recordar. Apenas uma vitória de etapa por Sam Bennett, com o irlandês a ser desclassificado noutra tirada que havia ganho, por sprint irregular. Os seus ciclistas estiveram nas fugas, Rémi Cavagna até foi nomeado o super combativo da Vuelta, mas não foi uma corrida bem conseguida por parte da formação belga, tendo em conta que se espera sempre muito mais.
Bahrain-McLaren: Não houve muita classe da equipa, mas ver Wout Poels fechar na sexta posição foi extremamente positivo. O holandês foi dos que perdeu tempo no arranque frenético da Vuelta, mas foi subindo de forma e praticamente sozinho garantiu um bom lugar na geral, agora que tem a oportunidade de liderar uma equipa, depois de anos como gregário da luxo da Sky/Ineos. Para a Bahrain-McLaren valeu mesmo Wout Poels, os restantes ciclistas, rapidamente desapareciam quando as subidas surgiam no percurso. E foram muitas!
Caja Rural: Entrou nas fugas, mas pouco mais se viu da equipa espanhola do segundo escalão. Há muito que não tem conseguido ser uma formação que consegue estar mais vezes na discussão de etapas. Foi uma performance abaixo do que se esperava, tendo em conta que alguns ciclistas eram vistos como potenciais animadores de etapas.
Trek-Segafredo: Equipa sem história para contar na Vuelta. Uma das grandes apostas era Matteo Moschetti para os sprints, mas o jovem ciclista chegou foram do tempo limite logo na sétima etapa e foi para casa. Ciclistas como Michel Ries e Juan Pedro López tiveram a oportunidade de se estrear numa grande volta. Mal se viram, mas a Trek-Segafredo terá aproveitado para preparar o futuro.
Israel Start-Up Nation: Valeu Daniel Martin. E valeu muito. Uma vitória de etapa, quarto lugar na classificação... O irlandês teve uma das melhores prestações da sua carreira em grande voltas (talvez a melhor), numa altura em que até se estaria a preparar para ser gregário de Chris Froome. A equipa nem na ajuda ao líder teve capacidade, principalmente na montanha, mas sai de Espanha bem feliz com o resultado final de Martin, que não se esperava nesta fase da carreira ver a este nível.
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Burgos-BH: Muito diferente de 2020. Nem etapas, nem luta pela montanha, a equipa espanhola do segundo escalão esteve muito abaixo do esperado. Tal como a Caja Rural esperava-se que animasse mais a corrida, mas tirando os seus ciclistas irem aparecendo em fugas, acabaram por ser inconsequentes. Ricardo Vilela talvez tenha sido afectado pelo facto de ser chamado à última hora para a corrida. A sua preparação já não terá previsto fazer uma prova de três semanas e pouco se viu do português.
Lotto Soudal: Com Tim Wellens a vencer duas etapas, a chegar a ser líder da classificação da montanha, a Lotto Soudal terminou a Vuelta com a missão cumprida. O belga surgiu forte, entrou em várias fugas e foi o destaque da formação, assim como o jovem estreante em grandes voltas, Gerben Thijssen. O sprinter, de 22 anos, foi segundo numa das etapas. Acabou por abandonar, mas a Lotto Soudal já tem mais um homem rápido a aparecer para discutir mais vitórias no futuro.
Total Direct Energie: Esteve na Vuelta depois de conseguir entrar directamente na corrida por ter vencido o ranking do segundo escalão em 2019, a formação francesa foi mais uma que mal se viu. Mesmo entrar em fugas foi algo complicado. Má Vuelta.
Classificações completas, via ProCyclingStats.
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