© Unipublic/Charly López/La Vuelta |
Em França, as restrições para fazer face à pandemia têm aumentado, tal como está acontecer em muitos outros países. O ciclismo luta por conseguir concluir o seu calendário, já por si muito encurtado devido ao cancelamento de várias corridas. A Volta a Itália está prestes a conseguir chegar a Milão no domingo e finalizar a prova, em Espanha vive-se um dia de cada vez, sabendo que o risco de haver um cancelamento é muito real, ainda mais estando o pelotão num dos países europeus com mais casos.
A organização anunciou que não seria permitido público nas subidas, algo que se comprovou nas primeiras três etapas e é uma medida para continuar. Porém, teve de se submeter as regras impostas em França e os ciclistas não podem passar nas zonas previstas.
A etapa começará em Biescas (região de Aragão) como previsto, mas passará a ter 146,4 quilómetros, mais dez do que a versão inicial. Porém, perde dificuldade. O percurso inclui agora a subida de terceira categoria ao Alto de Petralba, a de segunda no Alto de Cotefablo, regressará a Biescas, antes da última ascensão, em Aramón Formigal. Esta subida é de primeira categoria.
No trajecto originalmente desenhado estavam incluídos, além do Tourmalet, o Col du Portalet e o Col de l'Aubisque. Ou seja, duas categorias especiais e uma primeira (Portalet).
Este é o novo perfil de etapa.
Este é o antigo.
Com tanta montanha para enfrentar, muitos ciclistas nem deverão queixar-se da mudança, numa Vuelta marcada por etapas muito rápidas, que já levaram a alguns possíveis candidatos a perderem tempo, ou mesmo a abandonarem. Esta sexta-feira foi a vez de Daniel Martínez deixar a corrida. O colombiano caiu na primeira etapa e despediu-se assim da EF Pro Cycling, pois em 2021 irá reforçar a Ineos Grenadiers. Simon Geschke (CCC) também já foi para casa, com a lista de abandonos a crescer. Só a AG2R já perdeu três atletas: Mathias Frank, Alexandre Geniez e Axel Domont.
Quanto à quarta etapa, houve finalmente descanso na montanha, ainda que o dia tenha sido de nervos, pois foi preciso muito atenção para evitar surpresas com o vento. No sprint, Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep) segue a sua senda de vitórias em grandes voltas. Depois do Tour, venceu na Vuelta. Os gémeos Oliveira prepararam o sprint para Jasper Philipsen e o belga da UAE Team Emirates obrigou Bennett a esforçar-se para vencer.
Duas vitórias irlandesas consecutivas na Vuelta, depois de na quinta-feira Daniel Martin (Israel Start-Up Nation) ter ganho.
5ª etapa: Huesca - Sabiñánigo, 184,4 quilómetros
Os sprinters regressam ao modo de sobrevivência. Fase final muito complicada, ainda mais se se mantiver a tendência de se andar muito rápido nesta Volta a Espanha.
Classificações completas, via ProCyclingStats.
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