"A perspectiva de competir novamente em breve é algo emocionante para a equipa, para os patrocinadores e também para os fãs. Os próprios ciclistas estão mais motivados do que nunca com este novo calendário." As palavras são de Mauro Gianetti, director da UAE Team Emirates, mas resume na perfeição o sentimento que se vive no ciclismo. Com os números da pandemia a permitirem que a maioria dos países europeus esteja a cumprir o desconfinamento com perspectivas animadoras, os ciclistas e responsáveis das equipas acreditam cada vez mais que vai ser possível cumprir um calendário de loucos, é certo, mas que todos estão mais do que disponíveis para correr.
Entre o final de Julho e o início de Novembro deverão disputar-se quase todas as principais corridas do calendário World Tour, sem esquecer que a nível nacional, dependendo da situação de cada país, estão previstas ainda mais provas de categorias abaixo do World Tour. Na próxima sexta-feira, a UCI deverá apresentar um calendário revisto, com algumas alterações, mas não se espera nada de substancial no que diz respeito às grandes voltas, com Giro e Vuelta a ficarem sobrepostas.
As equipas começam a dividir os seus ciclistas perante os objectivos e o comprimido calendário. A UAE Team Emirates anunciou esta quarta-feira as escolhas entre os seus principais ciclistas. Rui Costa está escalado para a Volta a Espanha, com a jovem estrela Tadej Pogacar a ser a aposta para o Tour, como já era conhecido e não houve pandemia que alterasse esse plano.
Para o ciclista português também não é uma surpresa. Infelizmente para Rui Costa, o seu principal objectivo ficou adiado para 2021, ou seja, os Jogos Olímpicos de Tóquio. Precisamente porque queria estar bem na difícil corrida japonesa, o Tour não era opção para o poveiro, que teria menos de uma semana para recuperar e estar "fresco" para os Jogos se fosse a França. Regressar ao Giro seria uma hipótese, mas aproveitar a forma dos Jogos e atacar depois a Vuelta parecia ser o mais natural.
Não há Jogos, pelo que é expectável que Rui Costa aposte forte em mostrar serviço em Espanha. Apesar de ter contrato para 2021, o ciclista sabe que o espaço na equipa está a ficar reduzido, principalmente devido ao rejuvenescimento que está a ser feito, com todos os anos a entrarem jovens muito talentosos.
No novo calendário, a Vuelta arranca a 20 de Outubro e termina a 8 de Novembro, o que poderá abrir as portas da Liège-Bastogne-Liège ao português. É uma das suas corridas preferidas, já fez pódio, e continua a ambicionar ganhá-la. O monumento está agendado para 4 de Outubro, mas antes, a 11 e 13 de Setembro, estão mais duas provas que Rui Costa gosta muito, as clássicas do Canadá: Quebeque e Montréal (esta última venceu em 2011).
No novo calendário, a Vuelta arranca a 20 de Outubro e termina a 8 de Novembro, o que poderá abrir as portas da Liège-Bastogne-Liège ao português. É uma das suas corridas preferidas, já fez pódio, e continua a ambicionar ganhá-la. O monumento está agendado para 4 de Outubro, mas antes, a 11 e 13 de Setembro, estão mais duas provas que Rui Costa gosta muito, as clássicas do Canadá: Quebeque e Montréal (esta última venceu em 2011).
Para já fica confirmada a presença na Vuelta para o campeão do mundo de 2013, onde estará acompanhado de David de la Cruz, Davide Formolo, Fabio Aru e do sprinter Jasper Philipsen. Faltando outros três corredores para completar a equipa, o provável é que os homens mais cotados para as montanhas, tenham alguma liberdade de movimentos, a não ser que Aru regresse ao seu melhor e mostre ser capaz de lutar pela camisola vermelha da liderança, ou pelo menos por um pódio. Será apenas a segunda participação de Rui Costa na Vuelta, depois da estreia em 2017. Ficou no 43º lugar, a quase duas horas do vencedor Chris Froome (Sky), sendo que procurou ganhar etapas, tendo ficado em quarto na 19ª.
Para o Tour foram eleitos além de Pogacar, Alexander Kristoff para os sprints, com Aru, Formolo e De la Cruz a serem os que vão fazer duas grandes voltas neste plano inicial apresentado. A equipa vai atacar a classificação geral com o fenómeno esloveno Pogacar, ficando desde já a curiosidade de saber como irá Aru encaixar num papel secundário em França, quando precisa desesperadamente de mostrar serviço.
Já no Giro a UAE Team Emirates vai claramente à procura de vitórias de etapas. Nos sprints estará Fernando Gaviria, acompanhado pelos seus fiéis lançadores Max Richeze e Sebastian Molano. Depois, o jovem Brandon McNulty - que fará a sua estreia em grandes voltas -, Joe Dombrowski, Valerio Conti e Diego Ulissi terão liberdade para atacar noutras etapas, com mais montanha, sendo todos ciclistas com esse tipo de perfil.
Rui Costa é assim o primeiro português do World Tour a ver o seu calendário a ficar definido, pelo menos que seja conhecido publicamente. Nelson Oliveira (Movistar) tem os olhos postos no Tour, mas ainda falta confirmação oficial, enquanto Ruben Guerreiro (EF Pro Cycling) quer continuar a sua evolução nas três semanas, depois da excelente Vuelta de 2019. Regressar a Espanha ou viajar até Itália são as mais prováveis opções, principalmente se quiser ter liberdade.
Os gémeos Oliveira, Ivo e Rui, podem ter missão mais difícil para serem escolhidos pela UAE Team Emirates para uma grande volta, mas com a equipa a precisar de dividir tanto o seu plantel, se não houver espaço numa corrida de três semanas - não seria uma surpresa se pelo menos um fosse um lançador de Philipsen na Vuelta -, a presença em alguma grande corrida, nomeadamente de um dia é uma hipótese muito viável.
De recordar que a Vuelta terá uma versão reduzida em 2020, ou seja, em vez das normais 21 etapas, haverá apenas 18. Duas passavam por Portugal, mas o percurso será diferente e teremos de continuar à espera para ver a grande volta novamente por cá.
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»»Pedersen à espera de mostrar a camisola do arco-íris num Roubaix molhado««
Os gémeos Oliveira, Ivo e Rui, podem ter missão mais difícil para serem escolhidos pela UAE Team Emirates para uma grande volta, mas com a equipa a precisar de dividir tanto o seu plantel, se não houver espaço numa corrida de três semanas - não seria uma surpresa se pelo menos um fosse um lançador de Philipsen na Vuelta -, a presença em alguma grande corrida, nomeadamente de um dia é uma hipótese muito viável.
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