19 de junho de 2020

Ciclismo nacional está de volta!

© João Fonseca Photographer
Chegou a notícia que o pelotão e os adeptos de ciclismo em Portugal mais aguardavam. Temos Volta... e não só! Demorou, mas finalmente houve decisão da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que deu luz verde à realização da corrida e nas datas já previstas: de 29 de Julho a 9 de Agosto. Condições? Serão muitas, como se esperava e serão igualmente aplicadas às corridas que a Federação Portuguesa de Ciclismo já confirmou. E a primeira será um contra-relógio.

Será uma edição diferente da Volta a Portugal, à imagem do momento que se vive um pouco por todo mundo. Ajuntamentos estão proibidos. A organização terá de assegurar o distanciamento social e não poderão juntar-se mais de 20 pessoas, segundo informou fonte da DGS à Lusa. A mesma fonte garantiu que "de acordo com o plano apresentado" pela Federação Portuguesa de Ciclismo, a Volta está prevista realizar-se nos dias que estavam inicialmente estabelecidos.

Entre as condições que terão de ser respeitadas, "os atletas serão monitorizados pela equipa médica do clube", para que desta forma seja possível assegurar a detecção de algum sintoma que esteja relacionado com a covid-19. Os ciclistas serão testados antes do arranque da Volta e caso surjam casos suspeitos de infecção, esses ficarão impedidos de competir e terão de respeitar os procedimentos que estão em vigor no país.

Já a concentração de no máximo 20 pessoas e a manutenção do distanciamento social é uma medida a ser aplicada ao público nas partidas e chegadas. No entanto, também as equipas terão regras a seguir. Não podem ficar todas no mesmo hotel, por exemplo.

Quanto às formações estrangeiras e segundo o que estava previsto no plano apresentado no início do mês pela federação ao governo, não haverá nenhuma quarentena obrigatória, podendo as equipas entrar no país se "reunirem condições sanitárias" para participar na Volta a Portugal.

Esta posição da DGS vem aliviar um pouco a pressão que aumentava sobre as equipas portuguesas. Enquanto pairou a possibilidade da época ser cancelada, tal poderia ser desastroso para algumas estruturas, com os patrocinadores a não terem qualquer exposição mediática.

Felizmente não vai acontecer e pouco depois de se conhecer a decisão da DGS, a federação anunciou as corridas que vão anteceder a Volta a Portugal, mas não é um calendário fechado, pois espera-se mais provas após aquela que é a mais ambicionada pelas equipas portuguesas. De salientar que os Nacionais estão igualmente confirmados entre 21 e 23 de Agosto, em Paredes.

Há cerca de uma semana, os representantes do ciclismo nacional assinaram um manifesto a apelar ao regresso do ciclismo, salientando que "a retoma da actividade é essencial para as equipas darem o retorno aos patrocinadores que garante o financiamento das estruturas profissionais e os postos de trabalho dos ciclistas portugueses".

O ciclismo nacional prepara-se assim para regressar à estrada e já nem falta muito!

Aqui ficam as corridas que começam a desenhar o calendário nacional pós-confinamento, com um contra-relógio a ser o ponto de partida.
  • 5 de Julho: Prova de Reabertura - Taça de Portugal Jogos Santa Casa (contra-relógio individual), CAR Anadia
  • 11 e 12 de Julho: Challenge Memorial Bruno Neves (duas provas de um dia), Oliveira de Azeméis 
  • 18 a 20 de Julho: Grande Prémio Internacional de Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho
  • 29 de Julho a 9 de Agosto: Volta a Portugal
  • 21 a 23 de Agosto: Campeonato Nacional de Estrada, Paredes
Em 2020, apenas se realizaram três corridas em Portugal: a Prova de Abertura Região de Aveiro (ganha por Alberto Gallego, da Rádio Popular-Boavista), a Volta ao Algarve (conquistada por Remco Evenepoel, da Deceuninck-QuickStep) e a Clássica da Primavera (ganha por Luís Gomes, da Kelly-InOutBuild-UDO).



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