(Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo) |
A sorte dá trabalho, diz João Almeida. Mas se há algo que nenhum dos quatro portugueses escolhidos para a prova de sub-23 dos Mundiais de Innsbruck tem problemas é em trabalhar. E muito. Com uma temporada positiva a nível internacional da selecção, ambicionar alto não é de mais. Não se exigem medalhas, mas numa prova em que se espera ser de enorme dureza, o quarteto tem toda a capacidade para colocar um ou mais ciclistas na disputa por um bom resultado, estando João Almeida inevitavelmente à cabeça.
A chegada à Hagens Berman Axeon permitiu ao ciclista ter à sua disposição uma estrutura que está entre as melhores na formação, sendo que este ano ascendeu ao escalão Profissional Continental. A vitória na Liège-Bastogne-Liège de sub-23 foi o ponto alto, mas houve muito mais: o quinto lugar na Ronde de l'Isard (venceu a classificação da juventude), segundo no Giro (também foi o melhor jovem), segundo nos Nacionais, tanto no contra-relógio como na prova de fundo de sub-23, 10º no contra-relógio nos Europeus de sub-23, foi ainda sétimo no Tour de l'Avenir, ou Volta a França do Futuro. Em Innsbruck participou no contra-relógio, tendo ficado na 30ª posição. Mas é a prova desta sexta-feira que mais esperava.
"Se estiver num dia bom consigo estar com os 15/20 melhores e no final será necessário um pouco de sorte, embora saibamos que a sorte dá muito trabalho. Nas últimas semanas fiz provas longas e duras na Bélgica, que contribuíram para o meu estado de forma. Preparei-me bem", afirmou à Federação Portuguesa de Ciclismo.
João Almeida é um bom trepador e a experiência internacional que ganhou nas últimas duas épocas (esteve na Unieuro Trevigiani-Hemus 1896 em 2017) faz a diferença num jovem de 20 anos. Mas numa prova com uma forte concorrência era importante ter ao seu lado ciclistas de elevado nível. Tiago Antunes (21 anos) é mais um dos talentos da nova geração portuguesa que começou o ano no Centro Mundial de Ciclismo da UCI, mas acabou por mudar-se para a equipa espanhola Aldro. No entanto, não ficou muito tempo, assinando por outro dos grandes projectos de formação, a SEG Racing.
Antunes não teve a estabilidade de Almeida - que se espera que chegue agora já que tem contrato para 2019 -, mas esteve bem na Volta a Portugal do Futuro, depois do Tour de l'Avenir não ter sido o desejado. O segundo lugar atrás de Venceslau Fernandes (Liberty Seguros-Carglass) comprovou a subida de forma. Se estiver bem, Tiago Antunes não poderá ser visto "apenas" como uma ajuda a João Almeida, será mesmo mais uma opção para um lugar de nota.
André Carvalho (Liberty Seguros-Carglass) regressou este ano a Portugal depois de uma passagem pela Team Cipollini. É um trepador que promete e que já sabe o que é estar em Mundiais. Esse conhecimento poderá ser importante. Carvalho (20 anos) realizou uma boa temporada, sempre muito regular, tendo ficado perto de conquistar a Taça de Portugal de sub-23, mas que Francisco Campos (Miranda-Mortágua), não deixou.
O outro Carvalho, o Gonçalo (Miranda-Mortágua) não ficou atrás em termos exibicionais e foi o melhor português na juventude da Volta a Portugal (foi terceiro, à frente de André). Fará a sua estreia nestas andanças, mas se conseguir controlar uma natural ansiedade, o jovem de 20 anos poderá ter um papel muito importante na selecção portuguesa. "É a primeira vez que estou num Mundial, o que é gratificante. Preparei-me para chegar em boas condições estou motivado para uma corrida que me agrada, porque sou um trepador", disse o ciclista do Miranda-Mortágua.
O percurso de 174,3 quilómetros entre Kufstein e Innsbruck agrada aos quatro, apesar de ser duro. A primeira selecção deverá acontecer nos 2,6 quilómetros de subida para Gnadenwald, a pouco mais de 100 quilómetros para o fim. A ascensão tem 10,5% de pendente média. Pouco depois entra-se no "circuito olímpico", com quatro subidas a Patscherkofel, com 7,9 quilómetros de extensão. Serão 2910 metros de acumulado que beneficia os bons trepadores e Portugal terá quatro bons ciclistas com esta características.
A corrida começa às 11:10 (hora portuguesa) e terá transmissão no Eurosport.
»»Isso não se faz a um campeão do mundo««
A chegada à Hagens Berman Axeon permitiu ao ciclista ter à sua disposição uma estrutura que está entre as melhores na formação, sendo que este ano ascendeu ao escalão Profissional Continental. A vitória na Liège-Bastogne-Liège de sub-23 foi o ponto alto, mas houve muito mais: o quinto lugar na Ronde de l'Isard (venceu a classificação da juventude), segundo no Giro (também foi o melhor jovem), segundo nos Nacionais, tanto no contra-relógio como na prova de fundo de sub-23, 10º no contra-relógio nos Europeus de sub-23, foi ainda sétimo no Tour de l'Avenir, ou Volta a França do Futuro. Em Innsbruck participou no contra-relógio, tendo ficado na 30ª posição. Mas é a prova desta sexta-feira que mais esperava.
"Se estiver num dia bom consigo estar com os 15/20 melhores e no final será necessário um pouco de sorte, embora saibamos que a sorte dá muito trabalho. Nas últimas semanas fiz provas longas e duras na Bélgica, que contribuíram para o meu estado de forma. Preparei-me bem", afirmou à Federação Portuguesa de Ciclismo.
João Almeida é um bom trepador e a experiência internacional que ganhou nas últimas duas épocas (esteve na Unieuro Trevigiani-Hemus 1896 em 2017) faz a diferença num jovem de 20 anos. Mas numa prova com uma forte concorrência era importante ter ao seu lado ciclistas de elevado nível. Tiago Antunes (21 anos) é mais um dos talentos da nova geração portuguesa que começou o ano no Centro Mundial de Ciclismo da UCI, mas acabou por mudar-se para a equipa espanhola Aldro. No entanto, não ficou muito tempo, assinando por outro dos grandes projectos de formação, a SEG Racing.
Antunes não teve a estabilidade de Almeida - que se espera que chegue agora já que tem contrato para 2019 -, mas esteve bem na Volta a Portugal do Futuro, depois do Tour de l'Avenir não ter sido o desejado. O segundo lugar atrás de Venceslau Fernandes (Liberty Seguros-Carglass) comprovou a subida de forma. Se estiver bem, Tiago Antunes não poderá ser visto "apenas" como uma ajuda a João Almeida, será mesmo mais uma opção para um lugar de nota.
André Carvalho (Liberty Seguros-Carglass) regressou este ano a Portugal depois de uma passagem pela Team Cipollini. É um trepador que promete e que já sabe o que é estar em Mundiais. Esse conhecimento poderá ser importante. Carvalho (20 anos) realizou uma boa temporada, sempre muito regular, tendo ficado perto de conquistar a Taça de Portugal de sub-23, mas que Francisco Campos (Miranda-Mortágua), não deixou.
O outro Carvalho, o Gonçalo (Miranda-Mortágua) não ficou atrás em termos exibicionais e foi o melhor português na juventude da Volta a Portugal (foi terceiro, à frente de André). Fará a sua estreia nestas andanças, mas se conseguir controlar uma natural ansiedade, o jovem de 20 anos poderá ter um papel muito importante na selecção portuguesa. "É a primeira vez que estou num Mundial, o que é gratificante. Preparei-me para chegar em boas condições estou motivado para uma corrida que me agrada, porque sou um trepador", disse o ciclista do Miranda-Mortágua.
O percurso de 174,3 quilómetros entre Kufstein e Innsbruck agrada aos quatro, apesar de ser duro. A primeira selecção deverá acontecer nos 2,6 quilómetros de subida para Gnadenwald, a pouco mais de 100 quilómetros para o fim. A ascensão tem 10,5% de pendente média. Pouco depois entra-se no "circuito olímpico", com quatro subidas a Patscherkofel, com 7,9 quilómetros de extensão. Serão 2910 metros de acumulado que beneficia os bons trepadores e Portugal terá quatro bons ciclistas com esta características.
A corrida começa às 11:10 (hora portuguesa) e terá transmissão no Eurosport.
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