(Fotografia: Stiehl Photography/Bora-Hansgrohe) |
A Bora-Hansgrohe quer apostar muito forte na Volta a França. Os objectivos estão bem definidos: a luta será pela camisola verde dos pontos com Peter Sagan e um top cinco com Rafal Majka, além de vitórias em etapas. Para tal a equipa precisa de garantir um bom apoio aos dois ciclistas, ainda que Sagan esteja habituado a fazer boa parte do trabalho sozinho, pois já assim era quando esteva na Tinkoff. O director da equipa, Ralph Denk, divulgou hoje a lista de 14 ciclistas que estão a ser analisados para ir ao Tour. Com dois lugares garantidos, significa que 12 corredores vão lutar por sete lugares. Metade dos escolhidos são alemães, tal como a equipa e tal como a cidade onde irá arrancar o Tour: Dusseldorf. De fora ficou o campeão nacional português José Mendes, que recentemente terminou a Volta a Itália, pelo que não é surpresa que seja mais provável a sua integração na equipa para a Vuelta.
"É sempre uma decisão difícil. Todos querem estar na Volta a França. Especialmente este ano com a partida em Dusseldorf. Será algo memorável para todos os ciclistas alemães e um passo importante para o ciclismo germânico", salientou Ralph Denk, através de um comunicado. O director da Bora-Hansgrohe salientou que sete ciclistas alemães estão na lista. "Temos ambições com o Peter e com o Rafal, a camisola verde, um top cinco na classificação geral e a primeira vitória numa etapa na Volta a França para a nossa equipa. Acho que temos um plantel forte para alcançar esses objectivos", referiu Denk.
Não se pode dizer que a época da Bora-Hansgrohe esteja a ser má, mas está a ficar aquém das expectativas para quem conta com Peter Sagan. O eslovaco não teve a época de clássicas que ambicionava, somando quatro vitórias, mas apenas uma numa corrida de um dia (Kuurne-Bruxelles-Kuurne), as outras foram duas etapas no Tirreno-Adriatico e a restante na Volta à Califórnia. Rafal Majka também venceu na corrida americana, tendo perdido a geral no contra-relógio. Sam Bennett ganhou uma tirada no Paris-Nice, mas o grande momento acabou por chegar inesperadamente no primeiro dia do Giro100. Lukas Pöstelberger era suposto preparar o sprint para Bennett, mas acabou por afastar-se do pelotão, o suficiente para vencer a etapa, vestir a camisola rosa, branca e ciclamino, com Cesare Benedetti a ser líder da montanha nesse dia.
Depois de anos na sombra de Alberto Contador, Rafal Majka terá a oportunidade de ser o líder indiscutível para a geral, ainda que saberá que alguns companheiros estarão na ajuda a Peter Sagan. A pressão será maior sobre o bicampeão do mundo, pois era dele que se esperavam mais resultados. Sagan tem dominado a classificação por pontos no Tour nos últimos cinco anos e mesmo não estando a apresentar o currículo de vitórias de outras temporadas, é o claro favorito para garantir mais uma camisola verde.
Além de Sagan e Majka, há ciclistas que em condições normais serão escolhas quase certas, casos de Maciej Bodnar, Leopold König (que falhou o Giro, onde teria sido o líder, devido a lesão), Emanuel Buchmann e Juraj Sagan que se tornou num fiel homem de trabalho do seu irmão. Da lista de 14 ciclistas, só dois estiveram na Volta a Itália, demonstrando como Ralph Denk está a gerir a equipa de forma a evitar cansaço acumulado, assegurando que Sagan e Majka têm os seus companheiros a 100%. O austríaco Patrick Konrad e o alemão Rüdiger Selig poderão ser os únicos repetentes.
Aqui fica a lista dos pré-convocados da Bora-Hansgrohe para o Tour: Peter Sagan, Rafal Majka, Leopold König, Maciej Bodnar, Emanuel Buchmann, Marcus Burghardt, Patrick Konrad, Jay McCarthy, Christoph Pfingsten, Juraj Sagan, Pawel Poljanski, Andreas Schilinger, Michael Schwarzmann e Rüdiger Selig.
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