(Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo) |
Quando há um ano a corrida foi para a estrada pela primeira vez, rapidamente se percebeu que se estava perante mais uma competição de qualidade em Portugal. O Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela tem a categoria 2.1 da UCI, mas a sua colocação no calendário poderá não ser a melhor para chamar mais equipas do escalão Profissional Continental. Pelo menos para já. Ainda assim conta uma forte presença de formações estrangeiras, inclusivamente duas do Kuwait e uma da Malásia. De Espanha virá a Caja Rural, que pertence ao segundo escalão, uma presença habitual por cá e que trará Sergio Pardilla - segundo classificado em 2016 - e uma das estrelas em ascensão do ciclismo espanhol, Jaime Rosón. Inevitavelmente as atenções também se irão centrar na presença de um ciclistas já longe da sua melhor forma, mas quem ganha três Flèche Wallonne e uma Liège-Bastogne-Liège, mesmo aos 45 anos continua a ser uma estrela: Davide Rebellin.
As equipas portuguesas irão apostar forte nesta corrida, que inclui a subida à Torre, um dos locais mais emblemáticos da modalidade em Portugal. Há um ano o vencedor foi Joni Brandão, então ao serviço da Efapel. Agora no Sporting-Tavira, o ciclista continua à procura da sua melhor forma, mas com a Volta a Portugal a dois meses do arranque (de 4 a 15 de Agosto), as principais figuras do pelotão nacional - algumas têm estado algo discretas durante o ano - deverão começar a aparecer e provavelmente já no Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela.
A prova terá 554 quilómetros com dez contagens de montanha durante três dias, de sexta-feira a domingo. A primeira etapa ligará Penamacor a Celorico da Beira (199 quilómetros) e apesar das três subidas de terceira categoria, as previsões apontam para uma possível discussão ao sprint.
No sábado tudo começará em Fornos de Algodres, com a meta colocada em Trancoso. Os 192 quilómetros terão uma subida de terceira e outra de segunda categoria. O terceiro dia será o mais aguardado. 163 quilómetros entre Belmonte e Manteigas, com a subida ao alto da Torre, a partir de Seia. A passagem no ponto mais alto de Portugal Continental acontece a 25 quilómetros da chegada.
Quanto às equipas, as da elite portuguesa estarão todas presentes: W52-FC Porto, Efapel, Sporting-Tavira, Louletano-Hospital de Loulé, Rádio Popular-Boavista e LA Alumínios-Metalusa-BlackJack. De Espanha, além da Caja Rural, estarão ainda a Burgos BH e Euskadi Basque Country-Murias, equipa que no próximo ano pretende ascender ao escalão Profissional Continental. A Equipo Bolivia não podia falhar, sendo das formações estrangeiras que mais vezes tem competido por cá este ano. Da Grã-Bretanha vem a JLT Condor, da Alemanha estará a Bike Aid e da Rússia a Lokosphinx.
Do Kuwait virá então a Kuwait-Cartucho.es, equipa que tem no seu plantel o veteraníssimo Davide Rebellin. Além das vitórias já referidas, destacam-se ainda uma Amstel Gold Race e um Tirreno-Adriatico. Todas estas conquistas ocorrem na primeira década do milénio. No entanto, a carreira também fica marcada pelo caso de doping que lhe custou a medalha de prata conquistada nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. E acabou também por lhe custar bons contratos, pois nunca mais conseguiu um com uma equipa do World Tour.
Daquela zona do Golfo Pérsico virá ainda a Massi-Kuwait Cycling Project e para fechar a lista, da Malásia está inscrita a Sapura Cycling.
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