4 de abril de 2017

Paris-Roubaix. Corrida seca, rápida, com novas cores e homenagem a Tom Boonen

115ª edição do Paris-Roubaix ficará marcada pelo adeus de Tom Boonen,
que terá direito a homenagem quer ganhe pela quinta vez, ou não
(Fotografia: Facebook Paris-Roubaix)
Está tudo pronto para receber a 115ª edição do Paris-Roubaix. Todos os monumentos ocupam um lugar especial entre os ciclistas e adeptos de ciclismo. Porém, há algo especial no Paris-Roubaix que torna esta clássica num dos momentos mais esperado todos os anos. Em 2017 terá uma carga emocional ainda maior, com um do maiores campeões da corrida francesa a realizar a sua última corrida como profissional no pavé do "Inferno do Norte". Esta terça-feira foi dia de mais uma passagem pelo percurso para garantir que tudo está perfeito para receber o pelotão. Serão 29 sectores de pavé, mais dois que no ano passado, o que significará 55 quilómetros em empedrado, dos 257 que compõem a clássica.

Já se sabe que o "Inferno do Norte" pode ser ainda mais infernal quando a meteorologia traz um dia molhado. Mas as previsões apontam que no domingo o sol brilhará e que a temperatura rondará os 20 graus. "Em 12 anos de reconhecimento do percurso nunca tinha visto as pedras do pavé tão limpas. Vai ser uma corrida muito rápida, especialmente porque as previsões de meteorologia são boas para domingo", salientou o director da clássica, Christian Prudhomme, durante o encontro com os meios de comunicação social.

A organização do Paris-Roubaix, a cargo da Amaury Sport Organisation (ASO) - a mesma da Volta a França e de outras corridas importantes do calendário World Tour -, optou este ano por acrescentar um sistema de cores para ajudar a identificar a dificuldade dos sectores de pavé. Mantêm-se as estrelas, cinco para os sectores mais difíceis e uma para os mais fáceis, mas agora o preto identificará os mais complicados. Vermelho, laranja, azul e verde serão as cores também utilizadas, com o verde a identificar o sector é de dificuldade menor (o mesmo de uma estrela).

Haverão três sectores de cinco estrelas, ou de cor preta: a inigualável floresta de Arenberg, onde normalmente se começa a fazer as escolha dos melhores, Mons-en-Pévèle e Carrefour de l’Arbre.

Para terminar, mas certamente algo que está a provocar maior curiosidade, a homenagem a Tom Boonen. Prudhomme considerou que o facto do ciclista querer terminar a carreira no Paris-Roubaix é muito prestigiante e a primeira homenagem será feita logo no sábado, durante a apresentação da equipa, Quick-Step Floors. Não foram adiantados pormenores, mas para domingo foi divulgado que o moinho em Vertain terá nas suas lâminas uma alusão às quatro vitórias de Boonen na corrida, em 2005, 2008, 2009 e 2012.

Nunca um ciclista ganhou o Paris-Roubaix cinco vezes. Boonen partilha o recorde com o também belga Roger De Vlaeminck (1972, 1974, 1975 e 1977). No ano passado, Boonen foi surpreendido por Mathew Hayman, que também ele ficou bastante admirado por ter conseguido vencer, terminando na segunda posição, o seu sétimo pódio.

Aos 36 anos será o adeus a um dos melhores ciclistas de clássicas da história da modalidade. O Paris-Roubaix é já no domingo e com transmissão integral no Eurosport a partir das 10:00.



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