(Fotografia: Facebook Andrea Flash Guardini Fans Club) |
O ciclista italiano, de 27 anos, era um dos elementos da UAE Team Emirates no Paris-Roubaix. A 68 quilómetros do final, Guardini considerou que já chegava de martírio no Inferno do Norte e abandonou na zona de abastecimento. Informado que teria de esperar 40 minutos até ser apanhado pelo carro da equipa, Guardini achou que seria mais rápido ele próprio ir até Roubaix, mas por um caminho mais directo, sem pavé. Pode-se dizer que a ideia não era má, não fosse o facto do caminho mais directo incluir uma auto-estrada.
Guardini deu por ele num sítio que não queria nada estar. Chegou a ser filmado a pedalar encostado à direita na faixa de segurança, vídeo que foi partilhado no Twitter (ver em baixo). Entretanto, foi mesmo apanhado pela polícia. Mas foi uma daquelas ocasiões que Guardini agradeceu. Certamente que os agentes não esperariam ver um ciclista profissional numa auto-estrada, quando estava a decorrer uma das mais importantes corridas do ano. Sujo dos muitos sectores de pavé que tinha feito até abandonar, não havia grandes dúvidas que se estava perante um dos ciclistas do Paris-Roubaix.
Guardini nam de snelste weg naar Roubaix: de snelweg. #parisroubaix2017 @Vannieuwkerke @rvangucht @josedecauwer pic.twitter.com/bG99kDL907— Quinten Couckuyt (@quintencouckuyt) 9 de abril de 2017
A polícia reconheceu-o e deu-lhe uma boleia (e à bicicleta) até à esquadra. Sendo ilegal andar de bicicleta numa auto-estrada, o castigo de Guardini foi... ver o final do Paris-Roubaix na esquadra. Sim, na esquadra. O sprinter italiano viu na televisão a vitória de Greg van Avermaet, enquanto ligava para a mulher a pedir-lhe para contactar a equipa, como explicou numa mensagem publicada no Facebook. Mais tarde, um massagista da UAE Team Emirates lá apareceu e levou o ciclista de volta para o hotel.
Um momento insólito que o próprio ciclista considera que será uma boa história da carreira para contar mais tarde. Não foi multado nem detido. A polícia entendeu que Guardini perdeu-se e que, mal por mal, ele próprio provavelmente teria preferido continuar no Inferno do Norte em vez de se meter numa auto-estrada. Como forma de agradecimento, o italiano ofereceu a camisola que utilizou na corrida aos agentes, tirou umas fotografias e, se calhar, se voltar ao Paris-Roubaix, vai tentar terminar pelo percurso escolhido pela organização da corrida.
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