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Peter Sagan e o director Ralph Denk (Fotografia: Bora-Hansgrohe) |
É o arranque de uma das equipas novas no World Tour. A antiga Bora-Argon18 do escalão Profissional Continental quis mais, arranjou um novo patrocinador e aproveitou o fim da Tinkoff para contratar um dos principais ciclistas do pelotão mundial e um dos mais populares: Peter Sagan. Parecia inacreditável que uma equipa que estava no segundo escação do ciclismo tivesse o potencial financeiro para garantir o eslovaco, o corredor mais bem pago e que deverá receber qualquer coisa como seis milhões por época. Mas se se poderia pensar que Sagan teve várias equipas a querer contratá-lo, o eslovaco explicou porque escolheu a Bora, num estilo que já o demarca dos demais.
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O equipamento da Bora-Hansgrohe |
"Assinei pela Bora-Hansgrohe porque foi a única equipa que se mostrou realmente interessada. As outras só falavam, falavam, falavam, mas não faziam nada. Falei com o Ralph [Denk, director da equipa] uma vez e tudo começou a avançar. A decisão foi tomada muito rapidamente. Penso que em uma ou duas semanas", salientou Peter Sagan durante a apresentação da equipa em Gandía (Valência, Espanha). Inevitavelmente o bi-campeão do mundo foi a estrela do dia, apesar da equipa contar ainda com Rafal Majka (também ex-Tinkoff) e Leopold König, que regressou à formação depois de uma experiência pouco feliz na Sky.
Apesar de ser uma equipa nova para o eslovaco, com vários novos colegas, equipamento diferente (que também foi apresentado) - já a bicicleta continuará a ser da Specialized, que terá tido um papel importante na contratação do ciclista -, para Peter Sagan a sensação é que não mudou de equipa. "Encontrei um grupo de pessoas muito bom e estou muito feliz, de tal forma que não tenho a sensação de ser algo novo, o que é muito positivo", referiu. Para Sagan chegou o momento de começar a trabalhar intensamente para preparar uma temporada em que mantém a ambição intacta. As clássicas são os grandes objectivos, principalmente a Volta a Flandres - que venceu este ano - e o Paris-Roubaix. E claro, a sexta camisola verde na Volta a França será uma das apostas.
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A bicicleta de Peter Sagan (Fotografia: Peter Sagan) |
Porém, Sagan deverá sentir uma grande mudança, pois ao contrário do que acontecia na Tinkoff, a Bora reforçou-se a pensar em oferecer um grupo de ciclistas que ajude o eslovaco. A Bora-Hansgrohe terá depois Majka e König para atacar as classificações gerais das grandes voltas.
E não esquecer que uma das equipas que vai estar mais em voga em 2017 - pois tem Peter Sagan -, conta também com o campeão nacional português José Mendes, um dos ciclistas que já estava na formação alemã, desde 2013.
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