No início de Novembro o jovem Fredrik Ludvigsson via o sonho que estava a viver tornar-se num pesadelo. Depois de dois anos na Giant-Alpecin, a competir ao mais alto nível, o sueco ficou sem contrato. A equipa optou por não renovar o vínculo depois de Ludvigsson não ter confirmado as expectativas que recaiam sobre ele e mais nenhuma formação mostrava interesse em contratá-lo Através do Twitter, o ciclista fez um apelo perto do desesperado à procura de uma equipa, deixando até o seu e-mail, caso alguém quisesse contactá-lo. Depois de semanas de ansiedade, chegou finalmente um convite. Talvez não o mais desejado, mas foi um que lhe irá permitir continuar a competir, mesmo que para tal tenha de baixar ao escalão Continental.
"Vou encarar como um recomeço e mostrar novamente a todos o meu enorme potencial", escreveu no Twitter quando confirmou a assinatura pela Copenhagen Pro Cycling, equipa dinamarquesa. Ludvigsson pode não ter conseguido mostrar o seu valor no World Tour, mas também não teve muita sorte. Sofreu de alguns problemas físicos, foi um dos ciclistas da Giant-Alpecin que foi atropelado durante um treino em Alicante no início do ano e na Volta à Bélgica foi um dos ciclistas envolvidos numa queda provocada por uma moto e que deixou Stig Broeckx (Lotto Soudal) em coma. Em 2015 competiu apenas 33 dias e este ano foram 39. Muito pouco para convencer equipas do World Tour.
Porém, o director desportivo da Copenhagen Pro Cycling, Christian Brandt, teve em conta os azares que perseguiram Ludvigsson e acredita que o sueco pode ter um grande futuro. "O Fredrik tem um enorme talento, mas esteve lesionado e tem tido muito pouca sorte, tendo sido atropelado duas vezes este ano. Ele precisa de um ano ao nível Continental para reencontrar-se e voltar às vitórias", salientou Brandt, em declarações divulgadas no site da equipa.
Para Ludvigsson este pode ser um teste muito importante para definir o futuro da sua carreira. Não é só uma questão física, o jovem sueco terá de demonstrar a sua força mental. Afinal esteve dois anos no World Tour e agora vê-se obrigado a descer ao terceiro escalão do ciclismo. Chegou o momento de demonstrar que não só tem talento - que há bastante tempo que se sabe que tem -, mas que tem capacidade para ultrapassar dificuldades e, quem sabe, regressar ao mais alto nível, onde continua o seu irmão mais velho. Tobias (25 anos) esteve cinco anos na estrutura da Giant e vai agora representar a francesa FDJ.
A Copenhagen Pro Cycling é uma equipa que aposta nos jovens, principalmente dinamarqueses, mas contratou um compatriota de Ludvigsson, Filip Bengtsson (21 anos), e o romeno Daniel Crista (25), que o responsável da formação acredita que poderá dar algumas vitórias ao conjunto nórdico.
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