9 de novembro de 2016

Lotto Soudal. Entre o muito bom, o fraco e a tragédia

Ciclista utilizaram uma pulseira com a frase Fight for Stig (Lutar pelo Stig)
(Fotografia: Facebook Lotto Soudal)
Época de sentimentos mistos para a Lotto Soudal. Tão rápido estão a celebrar uma fantástica Volta a Itália, como entram numa crise de resultados e vêem um dos seus ciclistas a lutar pela vida em mais um acidente com motos durante uma corrida. E é impossível não começar por aí. O acidente de Stig Broeckx marcou a temporada da equipa. Em Maio, durante a Volta à Bélgica, o jovem de 26 anos foi um dos envolvidos num choque com duas motas da organização. Era a segunda vez este ano que o belga se via numa situação com motos, mas desta feita foi muito grave. Broeckx está em coma desde então, apesar de recentemente a equipa ter anunciado que o ciclista começava a apresentar melhoras.

O acidente marcou profundamente a Lotto Soudal, que até tinha recebido a boa notícia do regresso de Kris Boeckmans, depois da queda na Volta à Espanha em 2015 e que o deixou em coma induzido durante uma semana. Stig Broeckx era uma das apostas da equipa, principalmente para as provas de um dia, sendo um ciclista que estava a revelar uma evolução muito interessante.

  • 14º lugar no ranking World Tour com 463 pontos
  • 21 vitórias (10 no World Tour – 4 no Giro, 2 no Tour e a conquista da Volta à Polónia por Tim Wellens)
  • André Greipel foi o ciclista com mais vitórias: 10 (3 no Giro e uma no Tour)


Até então a equipa belga estava a realizar o que prometia ser mais uma grande temporada, principalmente depois do brilharete na Volta a Itália. Foram quatro vitórias de etapa, três por intermédio de André Greipel e outra por Tim Wellens. O Tour também não correu mal até porque a Lotto Soudal conquistou apenas duas etapas, mas foram duas das mais importantes. Thomas de Gendt venceu num dia memorável no Mont Ventoux e não apenas pela corrida a pé de Chris Froome. De Gendt esteve na fuga, atacou, ficou para trás e de repente apareceu para vencer uma etapa que infelizmente não terminou no topo do Mont Ventoux devido às fortes rajadas de vento, mas que ainda assim produziu um bom espectáculo (algo raro no Tour). Depois André Greipel cumpriu nos Campos Elísios e ganhou a derradeira etapa do Tour, a mais desejada pelos sprinters.

No entanto, entre o Giro e o Tour e depois desta grande volta, a Lotto Soudal eclipsou-se no que diz respeito a grandes resultados. Esta foi a pior temporada desde 2010. A formação somou 21 vitórias. Por norma aproxima-se das 30, sendo que no ano passado foram 40.

Talvez também não tenha ajudado a incerteza que chegou a abanar a estrutura de uma das equipas mais antigas do pelotão internacional. O principal patrocinador ameaçou retirar-se devido à crise. O que não ajudou de certeza foi o sub-rendimento de ciclistas como Tony Gallopin e Jurgen Roelandts.



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