Susanne Andersen (à direita) recuperou do atropelamento e conquistou a medalha de bronze na prova de estrada (Fotografia: Facebook Doha 2016) |
"Estou convencido que foi um acto deliberado por um polícia que conduziu contra a Susanne. Não havia marcas de derrapagem [de uma eventual travagem brusca] e ele não demonstrou qualquer empatia. Ao invés, acendeu um cigarro e falou ao telemóvel alheio à rapariga que estava deitada no chão a gritar", explicou o director do desporto da federação, Hans Falk, em entrevista ao canal norueguês TV2.
Falk referiu ainda a razão que levou a manterem o silêncio durante praticamente um mês (os Mundiais realizaram-se entre 9 e 16 de Outubro): "Fomos encorajados a não reportar o caso à polícia. Disseram-nos que se o fizéssemos, não seríamos autorizados a sair do país. Achámos que era melhor a Susanne regressar a casa antes que o caso se tornasse pior."
Para já só há reacção da UCI que disse à TV2 que, segundo o site Cycling News, "a situação foi tratada no momento e reportada às autoridades através do comité organizador local". Já a organização dos Mundiais de Doha e as autoridades do Qatar ainda não reagiram às acusações da federação norueguesa.
Susanne Andersen, de 18 anos, até conquistou a medalha de bronze, na categoria de júnior, pois os ferimentos do atropelamento não foram graves e permitiram que competisse na prova de estrada. Já a bicicleta terá ficado destruída. Na altura, a ciclista deixou uma mensagem no Twitter.
I'm okay, need to be careful with my foot but I am one hell of a lucky person. My focus is now on the road race and I'm going to nail it.— Susanne Andersen (@SusanneAnderse) 10 October 2016
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