(Fotografia: Facebook One Pro Cycling) |
No início de 2016, Prior admitiu que existiam conversas com grandes patrocinadores que poderiam permitir à One Pro Cycling chegar ao World Tour em 2017, ou o mais tardar em 2018, isto depois de a equipa ter começado em 2015 e recebido a licença Profissional Continental este ano. Na altura percebia-se o discurso. A equipa britânica começou a temporada muito forte com resultados de nota na corrida australiana Herald Sun e na Volta ao Dubai. Tinha ainda muita esperança na contratação de Matthew Goss, ciclista australiano que aos 20 anos já estava no World Tour, mas tinha tido um ano mesmo conseguido quando deixou a Orica pela então MTN-Qhubeka, no escalão Profissional Continental.
Outrora um ciclista de respeito nos sprints e nas provas de um dia, Goss não terminou a maioria das competições em que participou e anunciou que se iria retirar, alegando falta de motivação. Tem 30 anos.
Foi a primeira desilusão para a One Pro Cycling que apostava forte no australiano. Ainda assim, a equipa somou 13 vitórias, talvez as mais importantes a conquista da Tro-Bro Léon (França) pelo dinamarquês Martin Mortensen, com o britânico Peter Williams a ser segundo, e a primeira etapa da Volta à Noruega por intermédio do australiano Steele Von Hoff.
A ambição não se traduziu em resultados, mas o pior ainda estava para vir. Em Outubro, Matt Prior foi informado pela Factor Bikes, fornecedor das bicicletas, que a empresa não iria continuar com a equipa britânica. Irá agora entregar as suas bicicletas à formação francesa do World Tour AG2R. "[Essa saída] deixou-nos com um mês para cobrir o que faltava [de dinheiro] com outro patrocinador ou outro parceiro. Isso não aconteceu", explicou o director desportivo ao site Cycling News.
Prior acrescentou que entende que muitos vejam esta descida de escalão "como um passo a atrás". "Não era a direcção que queríamos, mas é a direcção que agora temos de ir. Mas não vamos ser uma equipa Continental para o resto das nossas vidas. A ambição é voltar já em 2018", salientou.
Ficou-se sem saber quem seriam os tais grandes patrocinadores que estariam interessados no início do ano em levar a One Pro Cycling até ao escalão World Tour. Mas uma coisa é certa, Matt Prior não atira a toalha ao chão. Aliás, afirmou que muitas equipas teriam terminado se estivessem na posição da sua. Há que dar mérito a Prior de pelo menos saber adaptar a sua ambição e não desistir. Essa atitude parece também motivar os seus ciclistas, pois muitos vão continuar com a equipa apesar da descida de escalão.
É mesmo caso para dizer que Matt Prior espera dar um passo atrás, para dar dois à frente, admitindo, no entanto, que perdeu o controlo da situação, percebendo também que uma estrutura World Tour implica uma base muito forte para ter futuro e não ser algo efémero. Essa base é algo que claramente a One Pro Cycling neste momento não tem.
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