(Fotografia: UCIDoha2016/Pauline Ballet) |
A UCI pode ter recebido muitos milhões de euros para dar a organização a este país do Médio Oriente - fala-se que terão sido cerca de 10 milhões -, mas Tom Dumoulin colocou o dedo na ferida. "É sempre um dos grandes eventos do ano, mas não é nada o caso [este ano] e isso deve-se à falta de ambiente", salientou o holandês, dizendo que achou muita piada quando viu uma placa a indicar "entrada de espectadores".
A Volta ao Qatar, que no próximo ano pertencerá ao calendário World Tour, já servia de exemplo, pois apesar dos grandes ciclistas que por lá têm passado nas últimas edições, as estradas são um autêntico de deserto de público. Apesar da importância dos Mundiais ser completamente diferente, não se esperava um cenário diferente. Afinal estamos a falar de um país cuja deslocação acarreta muitos custos para os adeptos. Se nem algumas das principais equipas do World Tour quiseram ir ao Qatar fazer o contra-relógio devido ao dinheiro que teriam de gastar, então compreende-se que por mais fervoroso que seja um adepto, talvez seja melhor poupar para os Mundiais em Bergen, na Noruega, em 2017. Será curioso saber as audiências televisivas deste ano...
Eddy Merckx tem sido um dos homens por trás da organização da Volta ao Qatar e ajudou na candidatura aos Mundiais do país, estando agora presente na figura de "embaixador". O belga tenta manter um discurso optimista, mas pouco convincente. "O Qatar mereceu organizar os Mundiais. Mais fãs irão chegar, mas não se pode esperar a mesma moldura humana que se tem na Europa. Mas vai aumentar", afirmou.
É esperar para ver numa altura em que os Mundiais vão entrar na fase das provas em linha, concluídos que estão os contra-relógios. É que além de ser um desalento não ver ninguém na berma da estrada, junto ao pódio, o único "banho de multidão" vem dos repórteres fotográficos e de alguns convidados (que têm a acreditação ao pescoço, portanto não enganam). Sem público, não só se parece pouco ou nada como os Mundiais, como mal parece uma prova de ciclismo.
É esperar para ver numa altura em que os Mundiais vão entrar na fase das provas em linha, concluídos que estão os contra-relógios. É que além de ser um desalento não ver ninguém na berma da estrada, junto ao pódio, o único "banho de multidão" vem dos repórteres fotográficos e de alguns convidados (que têm a acreditação ao pescoço, portanto não enganam). Sem público, não só se parece pouco ou nada como os Mundiais, como mal parece uma prova de ciclismo.
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