A notícia animou o ciclismo nacional: a W52-FC Porto quer subir de escalão, para o Profissional Continental (o segundo da hierarquia). Porém Nuno Ribeiro, director desportivo da equipa, coloca água na fervura. A ambição existe, mas para concretizar o objectivo a equipa pretende criar condições que lhe ofereçam solidez na estrutura para assumir a responsabilidade. "Neste momento, subir de escalão, estar lá um ano e depois baixar porque não temos condições... acho que não vale a pena", afirmou Nuno Ribeiro ao Volta ao Ciclismo, afastando a possibilidade da subida acontecer já em 2017.
O director desportivo da equipa que venceu a Volta a Portugal, com Rui Vinhas, salientou que "para ser Profissional Continental é preciso cumprir requisitos em termos de inscrição" e que neste momento "já é um bocado tarde". Mas o plano está traçado para tentar em 2018 ou em 2019. "Temos uma estrutura criada, mas temos de criar condições para atingir esse objectivo. É toda uma logística que não se consegue de um momento para o outro", referiu. Nuno Ribeiro considerou ser importante construir uma base sólida para que ao estar no escalão superior, a equipa tenha condições para "estar lá três anos e se for possível mais tempo".
Neste primeiro ano de parceria com o FC Porto, o responsável realçou que foi uma fase de conhecimento da modalidade, "da sua organização", para o novo patrocinador. "No segundo ano vamos tentar criar mais estabilidade orçamental e em termos de equipa para depois começar a pensar em trabalhar no objectivo [subir de escalão]". Acrescentou ainda: "Temos estatuto, temos um contrato de longa duração com o FC Porto, temos de tentar explorar essa situação. Se houver oportunidade em termos financeiros e se for compensatório para a equipa, há possibilidade de subir de escalão."
O plano parece estar bem delineado, pois Nuno Ribeiro refere que mesmo como Profissional Continental "no primeiro ano será difícil entrar em algumas corridas. Porém, "com uma boa estrutura", a equipa de Sobrado poderá ter acesso "a outro tipo de corridas", o que contribuirá para a imagem do ciclismo português e mesmo "em termos de pontuação de ranking". "Acho que todos ficam a ganhar, até a própria federação."
"Parceria com o FC Porto funcionou logo"
O ciclismo nacional foi surpreendido no início do ano com a entrada do Sporting e logo de seguida do FC Porto. Os leões até foram os primeiros a abordarem a W52, mas o negócio não avançou, com os portistas a fecharem o contrato por cinco anos. "A parceria está a correr muito bem. Funcionou logo. Nós temos o controlo da total da equipa e eles têm mais a parte de marketing e imagem e de todo esse processo que dominam melhor do que nós. Eles não se meteram na parte desportiva e a partir daí é tudo mais fácil", salientou Nuno Ribeiro.
O director desportivo da equipa considera que este regresso do FC Porto "foi um benefício para o ciclismo" nacional, realçando que a vitória na Volta a Portugal deixou todos satisfeitos.
A W52-FC Porto dominou a competição, sendo claramente a equipa mais forte e Nuno Ribeiro diz que a formação funciona "quase como uma família". "Temos ciclistas que têm aqui estado ao longo dos anos, ciclistas de qualidade, e temos outros que chegaram de outras equipas que conseguimos tirar rentabilidade e acabámos por ter uma equipa mais forte e mais importante", afirmou.
Gustavo Veloso era o líder indiscutível da equipa e mostrou ser o ciclista mais forte na Volta a Portugal. Porém, uma fuga acabou por entregar a amarela ao colega Rui Vinhas que de gregário se viu na posição de ganhar a competição, que concretizou com o contra-relógio da sua vida na última etapa, em Lisboa. Irá a equipa exigir mais de Vinhas? "Não tenho que exigir mais dele. Ele próprio tem de exigir mais dele porque ao ganhar a Volta a Portugal, as pessoas olham com outros olhos para ele como ciclista", respondeu, considerando que Rui Vinhas "tem de gerir a imagem dele", enquanto a equipa tentará "explorar ao máximo essa situação [desportiva]".
Perante o domínio e as vitórias este ano, Nuno Ribeiro quer "manter ao máximo os ciclistas". "Se conseguirmos manter todos era bom. Espero que não saia nenhum", admitiu. "São ciclistas que fazem parte da nossa família e não temos nada a alterar porque estamos bem servidos."
Equipa estará nos Mundiais do Qatar
A UCI revelou quinta-feira as quotas para os Mundiais, de 9 a 16 de Outubro. Na lista das equipas convidadas para disputar o contra-relógio surge a W52-FC Porto, situação que surge após a boa temporada que permitiu ter um bom ranking. Um momento de prestígio para o ciclismo nacional. No entanto, Nuno Ribeiro disse ser ainda cedo para falar em objectivos já que vai agora começar a preparar a competição. No entanto, há que referir que a formação tem dois dos melhores contra-relogistas em Portugal: Gustavo Veloso e Rafael Reis.
(Veja aqui a lista divulgada pela UCI)
»»As conversas dos "entendidos" até à superação final de Rui Vinhas««
»»"Todos os gregários deviam ter um momento de glória como eu tive"««
O director desportivo da equipa que venceu a Volta a Portugal, com Rui Vinhas, salientou que "para ser Profissional Continental é preciso cumprir requisitos em termos de inscrição" e que neste momento "já é um bocado tarde". Mas o plano está traçado para tentar em 2018 ou em 2019. "Temos uma estrutura criada, mas temos de criar condições para atingir esse objectivo. É toda uma logística que não se consegue de um momento para o outro", referiu. Nuno Ribeiro considerou ser importante construir uma base sólida para que ao estar no escalão superior, a equipa tenha condições para "estar lá três anos e se for possível mais tempo".
"Temos uma estrutura criada, mas temos de criar condições para atingir esse objectivo. É toda uma logística que não se consegue de um momento para o outro"
Neste primeiro ano de parceria com o FC Porto, o responsável realçou que foi uma fase de conhecimento da modalidade, "da sua organização", para o novo patrocinador. "No segundo ano vamos tentar criar mais estabilidade orçamental e em termos de equipa para depois começar a pensar em trabalhar no objectivo [subir de escalão]". Acrescentou ainda: "Temos estatuto, temos um contrato de longa duração com o FC Porto, temos de tentar explorar essa situação. Se houver oportunidade em termos financeiros e se for compensatório para a equipa, há possibilidade de subir de escalão."
O plano parece estar bem delineado, pois Nuno Ribeiro refere que mesmo como Profissional Continental "no primeiro ano será difícil entrar em algumas corridas. Porém, "com uma boa estrutura", a equipa de Sobrado poderá ter acesso "a outro tipo de corridas", o que contribuirá para a imagem do ciclismo português e mesmo "em termos de pontuação de ranking". "Acho que todos ficam a ganhar, até a própria federação."
"Parceria com o FC Porto funcionou logo"
O ciclismo nacional foi surpreendido no início do ano com a entrada do Sporting e logo de seguida do FC Porto. Os leões até foram os primeiros a abordarem a W52, mas o negócio não avançou, com os portistas a fecharem o contrato por cinco anos. "A parceria está a correr muito bem. Funcionou logo. Nós temos o controlo da total da equipa e eles têm mais a parte de marketing e imagem e de todo esse processo que dominam melhor do que nós. Eles não se meteram na parte desportiva e a partir daí é tudo mais fácil", salientou Nuno Ribeiro.
O director desportivo da equipa considera que este regresso do FC Porto "foi um benefício para o ciclismo" nacional, realçando que a vitória na Volta a Portugal deixou todos satisfeitos.
A W52-FC Porto dominou a competição, sendo claramente a equipa mais forte e Nuno Ribeiro diz que a formação funciona "quase como uma família". "Temos ciclistas que têm aqui estado ao longo dos anos, ciclistas de qualidade, e temos outros que chegaram de outras equipas que conseguimos tirar rentabilidade e acabámos por ter uma equipa mais forte e mais importante", afirmou.
"Espero que não saia nenhum ciclista. Fazem parte da nossa família e não temos nada a alterar porque estamos bem servidos"
Gustavo Veloso era o líder indiscutível da equipa e mostrou ser o ciclista mais forte na Volta a Portugal. Porém, uma fuga acabou por entregar a amarela ao colega Rui Vinhas que de gregário se viu na posição de ganhar a competição, que concretizou com o contra-relógio da sua vida na última etapa, em Lisboa. Irá a equipa exigir mais de Vinhas? "Não tenho que exigir mais dele. Ele próprio tem de exigir mais dele porque ao ganhar a Volta a Portugal, as pessoas olham com outros olhos para ele como ciclista", respondeu, considerando que Rui Vinhas "tem de gerir a imagem dele", enquanto a equipa tentará "explorar ao máximo essa situação [desportiva]".
Perante o domínio e as vitórias este ano, Nuno Ribeiro quer "manter ao máximo os ciclistas". "Se conseguirmos manter todos era bom. Espero que não saia nenhum", admitiu. "São ciclistas que fazem parte da nossa família e não temos nada a alterar porque estamos bem servidos."
Equipa estará nos Mundiais do Qatar
A UCI revelou quinta-feira as quotas para os Mundiais, de 9 a 16 de Outubro. Na lista das equipas convidadas para disputar o contra-relógio surge a W52-FC Porto, situação que surge após a boa temporada que permitiu ter um bom ranking. Um momento de prestígio para o ciclismo nacional. No entanto, Nuno Ribeiro disse ser ainda cedo para falar em objectivos já que vai agora começar a preparar a competição. No entanto, há que referir que a formação tem dois dos melhores contra-relogistas em Portugal: Gustavo Veloso e Rafael Reis.
(Veja aqui a lista divulgada pela UCI)
»»As conversas dos "entendidos" até à superação final de Rui Vinhas««
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