A nova prova do ciclismo nacional chega num ano que se espera ser de mudança da modalidade em Portugal. A competição é muito bem-vinda num calendário que nos últimos anos tanto tem sofrido com a crise financeira, tal como as equipas. Já se verificou um importante regresso de FC Porto e Sporting ao pelotão e agora com o Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, talvez seja um virar de página, um passo em frente na tentativa de aproveitar os recursos que o país tem e que tanto proveito pode tirar por apostar no ciclismo. E logo na primeira edição ajuda ter uma equipa como a Caja Rural a marcar presença. Além de ser uma das equipas espanholas mais conhecidas - apesar de ser profissional continental e não do World Tour - traz José Gonçalves, um ciclista cada vez mais popular e que acabou de conquistar a vitória mais importante da carreira: a Volta à Turquia.
A presença da Caja Rural - que costuma estar na Volta a Portugal - garante desde logo alguma atenção em Espanha, ainda que existe a tendência a prestar mais atenção se ganhar um dos espanhóis da equipa. Mas a presença portuguesa é forte, pois além de José Gonçalves, vêm também o irmão Domingos e Ricardo Vilela. Porém, há outra equipa da mesma categoria que ajuda a dar ainda mais relevância à competição. A britânica One Pro Cycling viajou até Portugal.
Se a nível mediático ter duas equipas profissionais continentais logo na primeira edição é muito positivo - principalmente sendo uma delas a Caja Rural -, os conjuntos nacionais beneficiam por ter mais uma prova que servirá muito bem como uma preparação para a Volta a Portugal. Todas apresentam-se na máxima força, pelo que será interessante ver um primeiro embate entre alguns candidatos, como Gustavo Veloso (W52-FC Porto), Joni Brandão (Efapel), Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), Alejandro Marque e Amaro Antunes (LA Alumínios-Antarte) e Rui Sousa (Rádio Popular Boavista).
Serão três etapas numa zona muito bonita do país e relevante para o ciclismo, que contarão com imagens na TVI (sinal muito positivo ver uma estação apostar numa prova portuguesa além da Volta a Portugal). A dificuldade vai aumentando de tirada para tirada. A primeira, hoje, terá 145 quilómetros entre Pinhel e Vilar Formoso, na segunda serão 198,6 quilómetros que começam no Sabugal e terminam no Fundão e, para finalizar em grande no domingo, a etapa rainha começa na Guarda e terá a meta nas Penas da Saúde (194,1). Com chegada em alto, os ciclistas vão subir do lado Seia/Sabugueiro até à Torre.
Além das seis equipas nacionais, também a Selecção Nacional-Liberty Seguros estará presente com um grupo interessante de jovens ciclistas, como é o caso de Sérgio Sousa e Rui Oliveira. O pelotão fica completo com a Amore & Vita-Selle-SMP (Ucrânia), Boyacá Raza de Campeones (Colômbia), Inteja-MMR (República Dominicana), ISD-Jorbi (Ucrânia), Lokosphinx (Rússia) e NASR Dubai (Emirados Árabes Unidos).
Sem comentários:
Enviar um comentário