(Fotografia: giroditalia.it) |
O italiano da Astana realizou exames médicos ontem de manhã e estava previsto ter os resultados à noite. A equipa e o ciclistas procuram respostas para as dificuldades que Nibali tem enfrentado nas etapas mais complicadas, nas quais tem claudicado, tendo arruinado a possibilidade de conquistar a sua segunda Volta a Itália.
"Vamos analisar com calma e decidir", referiu Giuseppe Martinelli, director desportivo da Astana. Já Nibali deu um sinal que terá intenções de seguir até final: "As minhas pernas estão bem, quem sabe." Na chegada a Pinerolo, o italiano até tentou atacar, ainda que sem sequer assustar os adversários, mas sempre mostrou que ainda não está pronto a atirar a toalha ao chão.
A precisar de um milagre para ganhar o Giro, caso continue em prova, a questão será se Nibali vai tentar o pódio, apostar numa etapa... as duas coisas. A forma que apresenta não parece indicar que possa ter demasiados objectivos, mas de orgulho ferido, o italiano ainda quer conquistar algo.
Porém, sem estar ao seu melhor será difícil. É que a juntar aos problemas físicos, a questão psicológica poderá estar a ter a sua influência. O facto de ter perder protagonismo na Astana para Fabio Aru e com o contracto a chegar ao fim, Nibali poderá estar a sentir-se pressionado para alcançar resultados. Para (não) ajudar, as constantes distracções com as notícias que está a caminho de uma nova equipa com sede no Bahrain.
Esta quinta-feira o site Cycling Weekly publicou que Nibali vai mesmo liderar o conjunto criado pelo príncipe Nasser bin Hamad Al Khalifa. Com um orçamento a rondar os 15 a 18 milhões de euros - mais baixo do que a Sky (24 milhões), o italiano quererá levar Alessandro Vanotti e Valerio Agnoli, o massagista Michele Pallini, o treinador Paolo Slongo e o director desportivo Giuseppe Martinelli. O site avança ainda que o ciclista terá tentado convencer Nicholas Roche, com quem a Sky quer renovar.
Com tanta época ainda pela frente, Nibali terá de enfrentar muitas distracções e saber contorná-las para tentar cumprir o outro grande objectivo do ano: os Jogos Olímpicos. Mas para já, só quer descobrir se tem algum vírus que o esteja a afectar.
Kruikswijk pronto para os Alpes
O holandês voltou a mostrar-se forte na etapa mais longa do Giro. E nem precisava, mas Steven Kruijswijk parece não conseguir resistir. Defendeu-se de qualquer pequeno ataque (e foram todos mesmo pequenos) e chegou ao ponto de se colocar na frente do grupo de favoritos e marcar o ritmo. Mete respeito e desanima quem ainda ambiciona o destronar.
O pelotão parece começar a render-se à forma do holandês, o que não significa que nestas duas próximas etapas Kruijswijk possa ficar descansado. E sem uma equipa a protegê-lo, vão ser quilómetros de muito trabalho e sofrimento. Mas há que salientar que nesta quinta-feira Enrico Battaglin esteve muito bem, comprovando que a camisola rosa não motiva apenas quem a veste, mas também quem tem a missão de a proteger.
Johan Esteban Chaves (a 3:00 minutos) dá indicações que o segundo lugar já o satisfaz e poderá estar mais preocupado em não perdê-lo e talvez ganhar uma etapa. Já Alejandro Valverde quer mesmo mais. A vitória numa tirada está feita e mesmo a 3:23, o espanhol da Movistar vai testar Kruijswijk ao limite... A ver vamos se não sofre um contra-ataque...
Nibali (a 4:43), Ilnur Zakarin (a 4:50) e Rafal Majka (5:34) ainda apontam ao pódio, enquanto do sétimo lugar para baixo a luta é pelo top dez. E salvo um dia muito mau, até já pode estar definido com Bob Jungels (Etixx-QuickStep), Andrey Amador (Movistar), Domenico Pozzovivo (AG2R) e Kanstanstin Siutsou (Dimension Data).
Etapa 19: Pinerolo - Risoul (162 km)
A subida ao Colle dell’Agnello é um dos momentos mais aguardados. O ponto mais alto do Giro está a 2744 metros e rodeado de muita neve e, claro, frio. O pelotão poderá enfrentar um dia muito difícil, pois a julgar pelas imagens que estão a ser partilhadas nas redes sociais, será como passar por um Inverno rigoroso, depois de nestas três semanas já ter apanhado dias de sol maravilhosos e também dias de muita chuva.
Serão mais de 21 quilómetros a subir e a fase mais difícil terá 9,5% de média e uma pendente máxima de 15%. O vencedor da etapa conquistará o troféu Vincenzo Torriani, que desde 1996 homenageia o histórico organizador da competição e que é dado na tirada que tem o ponto mais alto do Giro. Atenção à descida. Com a possibilidade da neve estar a começar a derreter, o asfalto poderá estar bastante perigoso. A tirada termina numa primeira categoria.
A 19ª etapa marca ainda a visita a França, na segunda "saída" do Giro que começou na Holanda. E os organizadores não se podem esquecer: a mascote tem de ficar em Itália. É que uma associação considerou ser de mau gosto se o lobo atravessar a fronteira devido aos problemas que os pastores franceses têm tido com estes animais, com muito gado a ser morto nos últimos meses.
"Vamos analisar com calma e decidir", referiu Giuseppe Martinelli, director desportivo da Astana. Já Nibali deu um sinal que terá intenções de seguir até final: "As minhas pernas estão bem, quem sabe." Na chegada a Pinerolo, o italiano até tentou atacar, ainda que sem sequer assustar os adversários, mas sempre mostrou que ainda não está pronto a atirar a toalha ao chão.
A precisar de um milagre para ganhar o Giro, caso continue em prova, a questão será se Nibali vai tentar o pódio, apostar numa etapa... as duas coisas. A forma que apresenta não parece indicar que possa ter demasiados objectivos, mas de orgulho ferido, o italiano ainda quer conquistar algo.
Porém, sem estar ao seu melhor será difícil. É que a juntar aos problemas físicos, a questão psicológica poderá estar a ter a sua influência. O facto de ter perder protagonismo na Astana para Fabio Aru e com o contracto a chegar ao fim, Nibali poderá estar a sentir-se pressionado para alcançar resultados. Para (não) ajudar, as constantes distracções com as notícias que está a caminho de uma nova equipa com sede no Bahrain.
Esta quinta-feira o site Cycling Weekly publicou que Nibali vai mesmo liderar o conjunto criado pelo príncipe Nasser bin Hamad Al Khalifa. Com um orçamento a rondar os 15 a 18 milhões de euros - mais baixo do que a Sky (24 milhões), o italiano quererá levar Alessandro Vanotti e Valerio Agnoli, o massagista Michele Pallini, o treinador Paolo Slongo e o director desportivo Giuseppe Martinelli. O site avança ainda que o ciclista terá tentado convencer Nicholas Roche, com quem a Sky quer renovar.
Com tanta época ainda pela frente, Nibali terá de enfrentar muitas distracções e saber contorná-las para tentar cumprir o outro grande objectivo do ano: os Jogos Olímpicos. Mas para já, só quer descobrir se tem algum vírus que o esteja a afectar.
Kruikswijk pronto para os Alpes
O top dez chegou todo junto a Pinerolo (Fotografia: giroditalia.it) |
O pelotão parece começar a render-se à forma do holandês, o que não significa que nestas duas próximas etapas Kruijswijk possa ficar descansado. E sem uma equipa a protegê-lo, vão ser quilómetros de muito trabalho e sofrimento. Mas há que salientar que nesta quinta-feira Enrico Battaglin esteve muito bem, comprovando que a camisola rosa não motiva apenas quem a veste, mas também quem tem a missão de a proteger.
Johan Esteban Chaves (a 3:00 minutos) dá indicações que o segundo lugar já o satisfaz e poderá estar mais preocupado em não perdê-lo e talvez ganhar uma etapa. Já Alejandro Valverde quer mesmo mais. A vitória numa tirada está feita e mesmo a 3:23, o espanhol da Movistar vai testar Kruijswijk ao limite... A ver vamos se não sofre um contra-ataque...
Nibali (a 4:43), Ilnur Zakarin (a 4:50) e Rafal Majka (5:34) ainda apontam ao pódio, enquanto do sétimo lugar para baixo a luta é pelo top dez. E salvo um dia muito mau, até já pode estar definido com Bob Jungels (Etixx-QuickStep), Andrey Amador (Movistar), Domenico Pozzovivo (AG2R) e Kanstanstin Siutsou (Dimension Data).
Etapa 19: Pinerolo - Risoul (162 km)
A subida ao Colle dell’Agnello é um dos momentos mais aguardados. O ponto mais alto do Giro está a 2744 metros e rodeado de muita neve e, claro, frio. O pelotão poderá enfrentar um dia muito difícil, pois a julgar pelas imagens que estão a ser partilhadas nas redes sociais, será como passar por um Inverno rigoroso, depois de nestas três semanas já ter apanhado dias de sol maravilhosos e também dias de muita chuva.
Plenty of old snow, but nothing on the road on the Agnello. Bring on tomorrow! #giro pic.twitter.com/JbuQw9OqUC— Jered Gruber (@jeredgruber) 26 May 2016
Serão mais de 21 quilómetros a subir e a fase mais difícil terá 9,5% de média e uma pendente máxima de 15%. O vencedor da etapa conquistará o troféu Vincenzo Torriani, que desde 1996 homenageia o histórico organizador da competição e que é dado na tirada que tem o ponto mais alto do Giro. Atenção à descida. Com a possibilidade da neve estar a começar a derreter, o asfalto poderá estar bastante perigoso. A tirada termina numa primeira categoria.
A 19ª etapa marca ainda a visita a França, na segunda "saída" do Giro que começou na Holanda. E os organizadores não se podem esquecer: a mascote tem de ficar em Itália. É que uma associação considerou ser de mau gosto se o lobo atravessar a fronteira devido aos problemas que os pastores franceses têm tido com estes animais, com muito gado a ser morto nos últimos meses.
Giro d'Italia 2016 - Stage 19 por giroditalia
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