© Tim de Waele/Getty Images/DeceuninckQuickStep |
Para o ciclista português foi um dia de "descanso" bem-vindo (Giovinazzo - Vieste, 200 quilómetros) depois de uma semana a ritmo elevado, com Almeida a apresentar-se sempre muito bem na defesa da sua camisola rosa, a aumentar a distância nas bonificações e a sobreviver ao susto de uma queda. Este domingo, o português sabe bem o que o espera e não terá uma etapa fácil se for tão atacada como o próprio está a prever.
"Hoje foi um dia calmo, durante o qual pudemos descansar as pernas para amanhã e ninguém quis perseguir os fugitivos. Os últimos sete dias foram bastante duros e stressantes, por isso, as equipas quiseram ter uma etapa mais fácil, a pensar no domingo, que será um dia muito difícil, com muitas subidas", referiu João Almeida. O ciclista da Deceuninck-QuickStep realçou que "será uma etapa importante para a classificação geral" e salientou: "Não tenho dúvidas que os ciclistas vão estar na ofensiva para ganhar tempo, enquanto eu vou tentar defender a camisola rosa."
Almeida reiterou como juntamente com a equipa foi feito um trabalho duro para manter a liderança, prometendo que na nona etapa vai dar o seu melhor para continuar vestido com a maglia rosa. Não será fácil, até porque além dos ataques esperados, falta saber como irá o ciclista reagir ao desgaste da primeira semana na posição de líder e como irá a equipa ajudá-lo, visto não ser uma formação dotada para a alta montanha.
Porém, do lado do português está a boa forma que está a apresentar, a confiança que foi aumentando de dia para dia e o facto de estar a competir sem a pressão de ter de manter a camisola. Aconteça o que acontecer, o que João Almeida já fez deixa todos na formação belga satisfeitos. Mas que ninguém pense que o português não vai dar luta. A vantagem que detém, com muitos dos principais nomes a estarem a mais de um minuto de distância, faz Almeida sonhar que pode e que tem boas possibilidades de prolongar a sua aventura de rosa.
O corredor de 22 anos já conquistou o respeito das principais figuras. A liderança de Almeida não está a ser vista como um simples acaso. A sua qualidade no contra-relógio e como se está a apresentar nas subidas, obriga a quem quer tirar-lhe a camisola a começar a mexer-se.
E recordando como está a geral, espera-se que uma Bahrain-McLaren, Sunweb e Trek-Segafredo possam ser as equipas que mais interessadas estarão em tornar domingo um dia complicado para João Almeida:
- Pello Bilbao (Bahrain-McLaren), a 43 segundos
- Wilco Kelderman (Sunweb), a 48
- Harm Vanhoucke (Lotto Soudal), a 59
- Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo), a 1:01 minutos
- Domenico Pozzovivo (NTT), a 1:05
- Jakob Fuglsang (Astana), 1:19
- Steven Kruijswijk (Jumbo-Visma), a 1:21
- Patrick Konrad (Bora-Hansgrohe), a 1:26
- Rafal Majka (Bora-Hansgrohe), a 1:32
© Giro d'Italia |
A Volta a Itália deixa a zona costeira e começa a ter um percurso mais interior. A nona etapa leva o pelotão aos Montes Apeninos. Só neste domingo os ciclistas vão ter pela frente quatro mil metros de acumulado! Duas primeiras categorias e duas segundas pelo meio. Não haverá descanso, apesar da primeira fase da etapa ser mais plana. A última subida será de cerca de dez quilómetros, com uma média de 5,7%. O derradeiro quilómetro chegará aos 12%. Segunda-feira é dia de descanso.
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