Era um dos ciclistas que começava a ganhar destaque na Miranda-Mortágua, com presenças na selecção nacional, quando resolveu fazer o seu último ano de sub-23 na U.C.Mónaco. Não sendo uma equipa muito conhecida, para Gonçalo Carvalho foi uma oportunidade que não queria desperdiçar. Agora está de regresso a Portugal, numa Rádio Popular-Boavista que considera assentar-lhe bem, tanto por poder conviver com ciclistas mais experientes, como pela possibilidade de ter liberdade em algumas corridas. Tem os objectivos bem definidos e um passa pela Volta a Portugal.
"A Rádio Popular-Boavista é uma equipa com muita história. Espero que seja bom para mim estar aqui e que possa evoluir ainda mais", começou por dizer Gonçalo Carvalho. Porém, antes de se falar sobre as expectativas para 2020, recuou-se a 2019, pois representar uma equipa monegasca gera curiosidade. "O que me levou a ir foi o calendário. Fiz praticamente 40 dias UCI e todos eles com o melhor pelotão sub-23. Tentei a minha sorte. Arrisquei para tentar fazer uma boa época e, quem sabe, abrir as portas para outras equipas. Não foi o caso, mas fica o contacto e quem sabe consiga voltar a ir para fora", explicou ao Volta ao Ciclismo.
Não hesita em considerar que "a experiência em França foi muito boa", tendo competido "sempre a alto nível, com as melhores equipas de sub-23, muitas delas satélites das do World Tour". Lamentou não ter conseguido uma classificação de destaque, apesar de considerar que esteve bem durante toda a temporada, com excepção de duas quedas que chegaram a afastá-lo provas importantes. "Foi algo novo e aprende-se sempre muito. Ao correr àquele nível ganhei mais experiência e maturidade. Agora encaro as corridas de outra maneira e penso que me vai ajudar no futuro", salientou, numa comparação com o calendário que teria feito se tivesse permanecido em Portugal.
Só faz 23 anos em Dezembro, mas a sua fase neste escalão terminou. É agora um atleta de elite, ainda que continue a disputar classificações da juventude. E estar na luta por ela na Volta a Portugal é um dos seus objectivos para 2020. Mas até lá... "Penso que num Grande Prémio das Beiras e Serra da Estrela ou num Abimota, aqui em Portugal, posso fazer boas corridas, tendo em conta que sou trepador e são provas para ciclistas com as minhas características. Mas em Espanha temos as Astúrias e a Volta a Madrid e também gostaria de estar bem aí", referiu.
Só faz 23 anos em Dezembro, mas a sua fase neste escalão terminou. É agora um atleta de elite, ainda que continue a disputar classificações da juventude. E estar na luta por ela na Volta a Portugal é um dos seus objectivos para 2020. Mas até lá... "Penso que num Grande Prémio das Beiras e Serra da Estrela ou num Abimota, aqui em Portugal, posso fazer boas corridas, tendo em conta que sou trepador e são provas para ciclistas com as minhas características. Mas em Espanha temos as Astúrias e a Volta a Madrid e também gostaria de estar bem aí", referiu.
"Há duas equipas muito fortes, mas creio que a nossa é bastante homogénea. Certamente que vamos estar sempre na discussão das classificações"
Estas duas corridas além fronteiras são vistas também como uma forma de mostrar-se novamente a nível internacional, com Gonçalo Carvalho a não esconder como continua a ambicionar correr numa equipa estrangeira de qualidade: "Já que vamos correr Espanha, onde há uma maior visão para fora e como tenho alguns contactos nesse campo, gostaria de mostrar o meu valor e quem sabe ter uma oportunidade."
No entanto, o jovem ciclista não quer falar apenas em planos pessoais. Destacou como quer aprender com os atletas mais experientes que estão na Rádio Popular-Boavista e ajudá-los nos seus objectivos. A equipa começou 2020 com uma vitória na Prova de Abertura Região de Aveiro, por intermédio do espanhol Alberto Gallego e quer mais, mesmo que isso signifique enfrentar o poderio da W52-FC Porto e da Efapel: "Há duas equipas muito fortes, mas creio que a nossa é bastante homogénea. Temos um grupo muito forte para a montanha. Somos muito unidos. Certamente que vamos estar sempre na discussão das classificações, apesar do W52-FC Porto e da Efapel terem mais destaque. Nós vamos lá estar a dar luta."
Ficou a garantia de um ciclista que não esconde como gosta de andar ao ataque, algo comum a muitos dos atletas que fazem parte da estrutura liderada pelo director desportivo José Santos. "Gosto de arriscar e enquadro-me muito bem na Rádio Popular-Boavista", frisou. Como balanço das primeiras semanas de trabalho do ano e concluída a Volta ao Algarve, disse que estava satisfeito, tanto pelo que fez para os colegas, como depois no Malhão, onde pode testar-se um pouco. A forma física é para ir melhorando e estar forte em Abril e Maio, antes de começar a pensar na Volta a Portugal.
Olhando mais além e no que precisa de trabalhar para se tornar num ciclista mais completo, como deseja, Gonçalo Carvalho fala de imediato no contra-relógio. "É um ponto fraco meu", desabafou. Agora é tempo de continuar os treinos, pois quer muito terminar a época com bons resultados para apresentar.
»»"[O Gallego] é um bom profissional e acho que ficou provado aqui"««
»»Tiago Antunes à procura de relançar a carreira na Efapel««
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