Luís Fernandes queria algo diferente na sua carreira. Foi sempre um homem exemplar de trabalho, primeiro na OFM-Quinta da Lixa (actual W52-FC Porto) e depois no Sporting-Tavira, pelo que, experimentar ter outra liberdade e procurar os seus próprios resultados, foi algo que o levou a mudar-se para a Aviludo-Louletano-Uli. "É diferente! É emocionante! Estava muito talhado para aquele trabalho. Ainda tenho a cabeça formatada para fazer aquele trabalho [em prol do líder]. Mudar... ainda vai demorar algum tempo", admitiu ao Volta ao Ciclismo.
O ciclista, de 30 anos, está satisfeito com a sua temporada até ao momento, mas diz que ainda não entrou "forte na época". Venceu o prémio da montanha na Clássica Aldeias do Xisto, mas disse que até acabou por ser consequência do trabalho que fez para Óscar Hernández conquistar o Troféu Liberty Seguros. "Foi a função que me pediram, para estar mais perto dos líderes nas fases decisivas e não tanto no início das corridas", explicou.
Então, quando irá Luís Fernandes lutar por uma vitória? "Vou tentar no Grande Prémio Jornal de Notícias. Acho que vou ter a minha oportunidade. Temos mais ciclistas nesse plano e teremos a oportunidade para fazer algo bonito", salientou. Os Nacionais também estão na mira, tanto a nível pessoal, mas também numa perspectiva de ajudar, por exemplo, Luís Mendonça, se assim se proporcionar. "Sabemos que há equipas mais fortes, mas há que tentar. Ir para a Volta a Portugal como campeão nacional seria bonito!"
Com esta mudança para a formação de Loulé, Fernandes acaba por representar as duas equipas algarvias de elite. E os directores desportivos marcam algumas das diferenças. "O Jorge dá-nos mais liberdade. Com o Vidal [Fitas] sabíamos para o que íamos, sabíamos que era para o líder. As oportunidades não eram muitas, mas eu também nunca me preocupei em fazer esse trabalho. Era o que eu gostava [ser gregário]. Isto [na Aviludo-Louletano-Uli] é uma experiência nova. O meu lugar é completamente distinto. Mudar o chip para cumprir esta função, não é fácil. Estás a habituado a trabalhar para outros e agora tens uma oportunidade de obter resultados... É mais complicado", contou.
Acrescentou de imediato que o trabalho que fez tanto no Sporting-Tavira, como na OFM-Quinta da Lixa, "foi reconhecido", mas que agora há "um reconhecimento diferente", dada a liberdade que lhe é concedida: "Gosto de estar aqui. Parece que estou em casa há muito tempo!"
Apesar da maior liberdade, Fernandes continua a ter a sua função de apoio, com Vicente García de Mateos a saber que conta com mais um ciclista para o ajudar no grande objectivo da época. O espanhol, terceiro classificado na Volta no ano passado, tem andado discreto em 2018, mas faz tudo parte de um plano maior. "Estamos a apostar forte na Volta a Portugal com o Vicente. Pensamos que se conseguir levar a época mais tranquilo, vai ter as forças todas guardadas para a Volta. Vamos tentar assim", referiu, considerando que a Aviludo-Louletano-Uli já ganhou corridas importantes - caso da Volta ao Alentejo, com Mendonça - e que, por isso, "o patrocinador está contente e o director [Jorge Piedade] também". Portanto, a equipa está mais tranquila nesta altura do ano, mas pronta para atacar em força a fase da época que se aproxima.
E fica o aviso que a equipa algarvia quer fazer frente à W52-FC Porto, que tem dominado na Volta. "É isso que vamos tentar. Temos demonstrado qualidade. O Vicente no ano passado fez terceiro na Volta e muitas vezes estava sozinho. A equipa perdeu um atleta logo no início, o Óscar, que era para estar ao lado dele. Só tinha o David [de la Fuente] para as alturas críticas. Este ano poderemos ser quatro nas alturas decisivas", explicou. Luís Fernandes considera que aos poucos vai sendo visível um maior equilibro no pelotão nacional, mesmo que a formação do Sobrado continue a dar mostras de manter-se a grande nível. "Continua uma equipa forte. Normalmente contrata ou tenta ir buscar os melhores ciclistas de todas as equipas. Contra isso não há nada a fazer. Se tem um orçamento mais alto do que as outras, não há nada a fazer. Mas as equipas tentam conciliar isso e fazer uma boa época", disse.
O ciclista tem vivido a melhoria nas condições do ciclismo nacional, depois de muito tempo de crise. Para Luís Fernandes é melhor ser corredor agora, do que há cinco ou seis anos: "Agora as coisas estão melhores. O ciclismo tem evoluído muito em Portugal. Isso vê-se pelas estruturas. Toda a gente já tem autocarros, toda a gente já tem condições. Está a voltar ao que era antigamente e isso é bom para a modalidade. Os atletas andam mais contentes", frisou.
A Aviludo-Louletano-Uli é um bom exemplo de como as estruturas têm evoluído positivamente, conseguindo mesmo ter um ciclista para discutir a Volta a Portugal e esta temporada terá um bloco reforçado com Luís Fernandes para a montanha. "Se calhar foi a segunda melhor equipa da Volta a Portugal. O Vicente fez terceiro, venceu uma etapa, vestiu a camisola verde, teve na luta todos os dias. Só com um atleta fez melhor que muitas equipas com orçamentos mais altos", realçou.
Nesta nova fase da carreira, é bem notório como Luís Fernandes está feliz com os desafios que tem pela frente, elogiando a postura do seu director desportivo e dos companheiros de equipa. A confiança está em alta pelos resultados que já foram alcançados e a equipa quer animar muito a luta pela Volta a Portugal, que aos poucos está cada vez mais no pensamento de todos.
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O ciclista, de 30 anos, está satisfeito com a sua temporada até ao momento, mas diz que ainda não entrou "forte na época". Venceu o prémio da montanha na Clássica Aldeias do Xisto, mas disse que até acabou por ser consequência do trabalho que fez para Óscar Hernández conquistar o Troféu Liberty Seguros. "Foi a função que me pediram, para estar mais perto dos líderes nas fases decisivas e não tanto no início das corridas", explicou.
Então, quando irá Luís Fernandes lutar por uma vitória? "Vou tentar no Grande Prémio Jornal de Notícias. Acho que vou ter a minha oportunidade. Temos mais ciclistas nesse plano e teremos a oportunidade para fazer algo bonito", salientou. Os Nacionais também estão na mira, tanto a nível pessoal, mas também numa perspectiva de ajudar, por exemplo, Luís Mendonça, se assim se proporcionar. "Sabemos que há equipas mais fortes, mas há que tentar. Ir para a Volta a Portugal como campeão nacional seria bonito!"
Com esta mudança para a formação de Loulé, Fernandes acaba por representar as duas equipas algarvias de elite. E os directores desportivos marcam algumas das diferenças. "O Jorge dá-nos mais liberdade. Com o Vidal [Fitas] sabíamos para o que íamos, sabíamos que era para o líder. As oportunidades não eram muitas, mas eu também nunca me preocupei em fazer esse trabalho. Era o que eu gostava [ser gregário]. Isto [na Aviludo-Louletano-Uli] é uma experiência nova. O meu lugar é completamente distinto. Mudar o chip para cumprir esta função, não é fácil. Estás a habituado a trabalhar para outros e agora tens uma oportunidade de obter resultados... É mais complicado", contou.
"Gosto de estar aqui. Parece que estou em casa há muito tempo!"
Acrescentou de imediato que o trabalho que fez tanto no Sporting-Tavira, como na OFM-Quinta da Lixa, "foi reconhecido", mas que agora há "um reconhecimento diferente", dada a liberdade que lhe é concedida: "Gosto de estar aqui. Parece que estou em casa há muito tempo!"
Apesar da maior liberdade, Fernandes continua a ter a sua função de apoio, com Vicente García de Mateos a saber que conta com mais um ciclista para o ajudar no grande objectivo da época. O espanhol, terceiro classificado na Volta no ano passado, tem andado discreto em 2018, mas faz tudo parte de um plano maior. "Estamos a apostar forte na Volta a Portugal com o Vicente. Pensamos que se conseguir levar a época mais tranquilo, vai ter as forças todas guardadas para a Volta. Vamos tentar assim", referiu, considerando que a Aviludo-Louletano-Uli já ganhou corridas importantes - caso da Volta ao Alentejo, com Mendonça - e que, por isso, "o patrocinador está contente e o director [Jorge Piedade] também". Portanto, a equipa está mais tranquila nesta altura do ano, mas pronta para atacar em força a fase da época que se aproxima.
E fica o aviso que a equipa algarvia quer fazer frente à W52-FC Porto, que tem dominado na Volta. "É isso que vamos tentar. Temos demonstrado qualidade. O Vicente no ano passado fez terceiro na Volta e muitas vezes estava sozinho. A equipa perdeu um atleta logo no início, o Óscar, que era para estar ao lado dele. Só tinha o David [de la Fuente] para as alturas críticas. Este ano poderemos ser quatro nas alturas decisivas", explicou. Luís Fernandes considera que aos poucos vai sendo visível um maior equilibro no pelotão nacional, mesmo que a formação do Sobrado continue a dar mostras de manter-se a grande nível. "Continua uma equipa forte. Normalmente contrata ou tenta ir buscar os melhores ciclistas de todas as equipas. Contra isso não há nada a fazer. Se tem um orçamento mais alto do que as outras, não há nada a fazer. Mas as equipas tentam conciliar isso e fazer uma boa época", disse.
"Só com um atleta [o Louletano] fez melhor que muitas equipas com orçamentos mais alto [na Volta a Portugal]"
O ciclista tem vivido a melhoria nas condições do ciclismo nacional, depois de muito tempo de crise. Para Luís Fernandes é melhor ser corredor agora, do que há cinco ou seis anos: "Agora as coisas estão melhores. O ciclismo tem evoluído muito em Portugal. Isso vê-se pelas estruturas. Toda a gente já tem autocarros, toda a gente já tem condições. Está a voltar ao que era antigamente e isso é bom para a modalidade. Os atletas andam mais contentes", frisou.
A Aviludo-Louletano-Uli é um bom exemplo de como as estruturas têm evoluído positivamente, conseguindo mesmo ter um ciclista para discutir a Volta a Portugal e esta temporada terá um bloco reforçado com Luís Fernandes para a montanha. "Se calhar foi a segunda melhor equipa da Volta a Portugal. O Vicente fez terceiro, venceu uma etapa, vestiu a camisola verde, teve na luta todos os dias. Só com um atleta fez melhor que muitas equipas com orçamentos mais altos", realçou.
Nesta nova fase da carreira, é bem notório como Luís Fernandes está feliz com os desafios que tem pela frente, elogiando a postura do seu director desportivo e dos companheiros de equipa. A confiança está em alta pelos resultados que já foram alcançados e a equipa quer animar muito a luta pela Volta a Portugal, que aos poucos está cada vez mais no pensamento de todos.
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