A decisão de Chris Froome em atacar o Giro e Tour em 2018 poderá influenciar as escolhas de calendário de alguns ciclistas. A opção quebra com a habitual desde que a Sky chegou ao pelotão. A equipa britânica sempre jogou as melhores armas na Volta a França. Ir a Itália com o líder significa que lá estará em força, ou seja, não será uma corrida em que a Sky é "apenas" mais uma das equipas em prova. Será a equipa a bater, como acontece no Tour. Mas não, não significa que isso esteja a assustar os adversários. Pelo contrário, poderá mesmo levar alguns ciclistas a enfrentar Froome numa corrida que o britânico pouco conhece (só lá esteve em 2009 e 2010).
Na maioria dos casos, os calendários serão conhecidos durante o mês de Dezembro, outros em Janeiro. A grande questão neste momento é onde irá Tom Dumoulin enfrentar Froome. Muito antes de se considerar possível o britânico tentar a dobradinha Giro/Tour já em 2018, o holandês da Sunweb resolveu criar um suspense. Quando se conheceu o percurso da Volta a França, Dumoulin disse que não estava nada decidido quanto à sua presença no Tour. Ir a Itália tentar repetir a vitória seria plausível, mas esta surpresa de Froome poderá abanar um pouco o líder da Sunweb. Dumoulin afirmou que a decisão está feita, mas que não a irá anunciar antes de 5 de Janeiro, na apresentação da equipa. Será que está mesmo, ou há agora uma nova variável a ter em conta?
"Vou onde penso que terei mais hipóteses de ganhar. Não sinto necessariamente que as minhas hipóteses no Tour são melhores com o Froome a fazer o Giro. Não é necessariamente o melhor momento para mim fazer o Tour depois de ganhar o Giro", afirmou Dumoulin. Respostas evasivas, mas necessariamente Chris Froome deixou o holandês e outros ciclistas a pensar no que irão fazer. "É difícil dizer qual das corridas assenta-me melhor. Gosto dos dois percursos. Ambos têm um pouco de tudo, mas não são perfeitos. O Giro não é perfeito pela falta de quilómetros no contra-relógio e o mesmo acontece no Tour." Tornou-se claro que não se iria "arrancar" nada do ciclista quanto ao seu calendário. Dumoulin quer mostrar que está imune ao efeito que Froome no Giro e no Tour poderá ter em alguns corredores.
Tendo em conta que terá inevitavelmente de enfrentar o britânico. há que analisar bem os percursos e ver onde poderá ter vantagem. O Tour talvez leve vantagem. A questão física poderá pesar ainda mais a balança a favor de uma ida a França. Fazer as duas voltas é que parece não ser opção.
Tom Dumoulin quer manter-se imune ao efeito Froome que já se começa a sentir. Thibaut Pinot parece que se sentiu inspirado e também quer fazer novamente nas duas corridas. Em 2016 foi quarto em Itália, mas chegou cansado e em baixo de forma a França. O francês da FDJ disse ao Ouest France que aprendeu com os erros e que gostou muito de estar na Volta a Itália, ficando também bastante agradado com o percurso para 2018.
Quem poderá estar a recuar na decisão inicial é mesmo Mikel Landa. E eis um ciclista que muito se vai seguir em 2018. Passou parte da carreira a dizer que gostava muito do Giro, mas ao perceber que poderia ganhar o Tour na edição deste ano, disse adeus à Sky e assinou pela Movistar para ir a França como líder, não parecendo preocupado com a marcação de território que anda a ser feita por Nairo Quintana. Contudo, estará tentado a ir fazer frente a Froome, depois de ter sido seu companheiro, já em Itália.
O As escreve que Landa poderá estar tentado a ir ao Giro ao ver que alguns grandes nomes vão lá estar. E claro, que Froome é o principal e muito espera este ciclista pela oportunidade de enfrentar o britânico, depois de ter sido obrigado a estar ao seu lado, quando tanto queria obter um resultado para si próprio na última Volta a França.
A Volta a Espanha é quase uma certeza para Landa, até porque o seleccionador espanhol, Javier Mínguez, prefere que os ciclistas que irá eventualmente convocar para o Mundial tenham feito a corrida. E Landa quer mesmo estar em Innsbruck, na Áustria. Apesar de não parecer muito preocupado com a eventual rivalidade interna com Quintana, ir ao Giro poderia evitar desentendimentos que poderão causar mais mal do que propriamente traduzir-se em triunfos. O Tour estaria à sua espera em 2019.
Mauro Vegni, director do Giro, sonhava com um grande elenco para o Giro101 e parece que ao conseguir Froome, poderá seduzir ainda mais grandes nomes, com Fabio Aru a já ter confirmado a sua presença há uns dias. A corrida realiza-se de 4 a 27 de Maio, com o arranque inédito fora da Europa em Jerusalém, Israel.
»»E não é que Froome vai mesmo ao Giro!««
»»Uma batalha nos Alpes para decidir um Giro que já é histórico««
O As escreve que Landa poderá estar tentado a ir ao Giro ao ver que alguns grandes nomes vão lá estar. E claro, que Froome é o principal e muito espera este ciclista pela oportunidade de enfrentar o britânico, depois de ter sido obrigado a estar ao seu lado, quando tanto queria obter um resultado para si próprio na última Volta a França.
A Volta a Espanha é quase uma certeza para Landa, até porque o seleccionador espanhol, Javier Mínguez, prefere que os ciclistas que irá eventualmente convocar para o Mundial tenham feito a corrida. E Landa quer mesmo estar em Innsbruck, na Áustria. Apesar de não parecer muito preocupado com a eventual rivalidade interna com Quintana, ir ao Giro poderia evitar desentendimentos que poderão causar mais mal do que propriamente traduzir-se em triunfos. O Tour estaria à sua espera em 2019.
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