(Fotografia: ASO/Thomas Maheux) |
Sim, ainda é cedo para se tirar grandes ilações. Não haverá muitas chegadas em alto, mas haverá montanha suficiente para se manter alguma indecisão, ainda mais com Chris Froome a continuar a não convencer. É certo que o britânico ganhou tempo a praticamente todos, pois até bonificou quatro segundos com o terceiro lugar, mas fez apenas o necessário para deixar a mensagem que se o querem bater, ele não virará a cara a uma boa luta. Teremos de esperar mais um pouco para perceber a verdadeira forma de Froome. Seja como for, já está na posição a que está habituado: de amarelo. Geraint Thomas trabalhou para o seu líder, sacrificando a camisola que vestiu desde o primeiro dia.
Se Porte foi com Froome, todos os outros quebraram um pouco, com destaque para Quintana e Contador. O colombiano só se viu a perder terreno e claro que muito se vai especular (ainda mais) sobre a opção de fazer Giro e Tour. O espanhol da Trek-Segafredo bem tentou, mas as forças não estão lá, como aconteceu no Critérium do Dauphiné. Contador perdeu seis segundos, Quintana 14, mais os quatro que Froome bonificou. Isto significa que aproximam-se do minuto de desvantagem e a primeira semana do Tour vai só a meio.
Grande Fabio Aru
Como compensar ter falhado o Giro100 que começou na sua terra, Sardenha? Brilhar no Tour. Fabio Aru teve uma queda semanas antes da Volta a Itália e ficou lesionado. Há um ano estreou-se em França e não fez uma corrida para recordar. 2017 sim, é para lembrar-se para sempre como ganhou brilhantemente uma etapa. Explosivo, atacando sem medo do controlo de uma Sky que não se mostrou tão poderosa como noutros anos. Aru escapou a 2,5 quilómetros da meta, aguentou aqueles brutais 20% de pendente e deixou todos para trás.
Nem o campeão italiano sabia ao certo como estaria a sua forma para a Volta a França. Parece estar promissora! O co-líder da Astana, Jakob Fuglsang quebrou e perdeu mais de um minuto. Porém, entre estes dois ciclistas, a equipa cazaque começa a recuperar a alegria, depois de uma época de poucas vitórias e marcada pela morte de Michele Scarponi. O dinamarquês conquistou o Critérium du Dauphiné e agora Aru não só tem uma etapa no Tour (já ganhou nas três grandes voltas), como apresenta a sua candidatura para já ao pódio. Contudo, será impossível não começar a seguir com muita atenção Aru que recuperou a sua melhor versão.
Veja aqui os resultados da quinta etapa e as classificações. Aru vestiu a camisola da montanha e Simon Yates (Orica-Scott) é o novo líder da juventude.
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Voltamos ao terreno plano
Depois de uma pequena emoção a subir (pouca, mas serviu para animar ligeiramente o Tour), a corrida regressa à versão plana e às maratonas de mais de 200 quilómetros.
Só no sábado voltam as subidas que não serão de quarta categoria, sendo que domingo haverá três de categoria especial, além de uma segunda, terceira e quarta. Até lá, que venham os sprinters.
Résumé - Étape 5 - Tour de France 2017 por tourdefrance
»»Para quê o cotovelo? Sagan foi expulso da Volta a França««
»»Terá Peter Sagan, o senhor marketing, encontrado um rival para a camisola verde?««
»»Os polémicos ganhos marginais da Sky««
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