(Fotografia: Facebook Edison Javier Ibañez) |
O sonho de ser ciclista de vez em quando esbarra em pessoas sem escrúpulos, dispostas a explorar jovens que estão dispostos a quase tudo para concretizar o objectivo de chegarem a profissionais e às grandes equipas. Esta é uma dessas histórias. Na Colômbia vivem-se tempos de enorme entusiasmo na modalidade, com vários ciclistas entre os melhores do mundo a tornarem-se autênticos heróis no país, como é o caso de Nairo Quintana e mais recentemente de Fernando Gaviria. Além disso, a Colômbia tem novamente uma equipa no escalão Profissional Continental que poderá servir de trampolim para alguns corredores, a Manzana Postobón. Sem surpresa, muitos jovens vêem no ciclismo uma oportunidade para uma vida melhor e Edison Javier Ibañez é um deles. Porém, é mesmo caso para dizer que o sonho tornou-se num pesadelo e só a ajuda de outra equipa que não a dele permitiu que ultrapassasse um obstáculo que a maioria dos companheiros de equipa não conseguiu.
Ibañez queria aproveitar a Volta da Juventude para se mostrar. Esta é basicamente uma Volta à Colômbia para os sub-23. Ibañez representava a Fundación Misión Fares. Ele e os colegas foram surpreendidos quando souberam que tinham de dormir no chão. "Na noite antes do contra-relógio individual dormimos no chão. Pensei que era algo transitório, mas não foi", contou o colombiano ao site El Nuevo Día. Acrescentou ainda que "logo na apresentação das equipas o dono disse que" o dinheiro dos ciclistas "serviria para atestar os carros de combustível". No dia que antecedeu o início da corrida, os ciclistas foram dormir de estômago vazio. Não havia comida. E as coisas não melhoraram. "Na manhã do primeiro dia da Volta foi tudo uma desordem. Vários companheiros levantaram-se tarde, o pequeno-almoço foi muito pouco", contou. O resultado foi metade da equipa a cortar a meta fora do tempo limite.
O ciclista colombiano conseguiu terminar a corrida, ainda que no penúltimo lugar. Porém, recebeu uma preciosa ajuda de um director desportivo de outra equipa. Hernán Darío Muñoz, da EPM-UNE, soube da situação de Ibañez e deu-lhe de comer e ainda proporcionou ajuda logística: "Graças a Deus que ele estava lá. Disse-me que não podia correr assim. Quando teve conhecimento da minha situação, ofereceu-me um almoço. Além disso, a EPM-UNE, juntamente com a GW-Shimano, encarregaram-se de transportar a minha bicicleta e a minha mala."
Edison Javier Ibañez denunciou o caso que teve uma forte repercussão na Colômbia, numa altura em que Nairo Quintana também já tinha alertado para situações de grande precariedade em algumas equipas de formação daquele país. Desde então que a federação estava mais atenta e perante o relato de Ibañez, investigou o que aconteceu e decidiu suspender a formação Fundación Misión Fares, segundo noticia o site colombia.com.
Quanto ao jovem ciclista, Ibañez não ficou desmoralizado pelas dificuldades que viveu na Volta da Juventude e muito antes de saber a decisão da federação deixou esta declaração: "Nunca nos devemos render. Eu não o farei. A minha mensagem para os dirigentes é que se dêem conta de como se está a viver o ciclismo na Colômbia e que trabalhem para melhorar as nossas condições."
»»Quintana: a época de sonho pode transformar-se num enorme pesadelo««
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Quando era ciclista proficional tive um treinador que que era preciso passar fome como os caes para correr muito era espanhol se chamava JUAL VIDAL DE CERTO QUE JA FALECEU era do ditador FRANCO por isso deve de ter a mema escola
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