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| (Imagem: Twitter Movistar) |
O ciclista português estava nos pré-convocados, mas acabou por ficar de fora do nove final da Movistar que vai à Volta a França. Nelson Oliveira teve uma queda no Paris-Roubaix que o deixou fora de competição quase dois meses. Ainda foi à Volta à Suíça para ganhar ritmo competitivo, mas a equipa espanhola optou por rodear Nairo Quintana de ciclistas quase todos com características de trepadores, numa tentativa de ter o colombiano bem acompanhado o maior tempo possível quando a alta montanha chegar. É a forma encontrada para combater o domínio da Sky.
Em 2016 Nelson Oliveira esteve ao lado de Quintana e cumpriu a sua função nas etapas planas e também ajudou média montanha. A formação espanhola não esteve no seu melhor nessa Volta a França, mas o português deixou uma boa imagem. Pode falhar o Tour, contudo, Nelson Oliveira sabe que tem assim boas hipóteses de regressar à Vuelta, onde em 2015 venceu uma etapa, então ao serviço da Lampre-Merida. Ainda assim, não deixam de ser uns dias difíceis para o ciclista que na sexta-feira nem competiu no contra-relógio para tentar conquistar o seu quinto título nacional. Nelson Oliveira não sabia que a hora de partida tinha sido alterada (leia aqui o que aconteceu). Agora fica de fora do Tour. Porém, esta ausência não é algo que surpreenda o corredor de 28 anos, que tem vindo a dizer que se não houvesse Tour para ele, concentrar-se-ia na Vuelta.
Quintana terá a seu lado Alejandro Valverde - que já garantiu que irá a França com o objectivo de ajudar o líder e não para ser uma alternativa ao colombiano -, Imanol Erviti, Jesús Herrada (o campeão espanhol de estrada), Jonathan Castroviejo (campeão de contra-relógio) e Jasha Sütterlin. Daniele Bennati e Andrey Amador são os repetente do Giro, com o ciclista da Costa Rica a ser uma pequena surpresa, já que não era escolha para o Tour desde 2013. Mas a surpresa maior é mesmo Carlos Betancur. A Movistar parece acreditar que o colombiano está pronto para ser um aliado de Quintana, apesar de a sua carreira estar marcada pela irregularidade (e desaparecimentos - que o diga a AG2R, a sua antiga equipa). Se estiver de facto em forma, poderá ser um homem muito importante.
Numa altura em que só falta conhecer os nove eleitos da Quick-Step Floors, quanto aos ciclistas portugueses, as atenções vão centrar-se em Tiago Machado (Katusha-Alpecin) e André Cardoso (Trek-Segafredo), que fará a sua estreia na Volta a França.
Dia de mais confirmações
Esta segunda-feira ficou-se ainda a saber que Mark Cavendish vai ao Tour. Será uma enorme incógnita, pois será necessário perceber se o britânico está recuperado da mononucleose e se conseguiu apurar a forma para conseguir bater-se com Marcel Kittel, André Greipel, Nacer Bouhanni... Além de Cavendish, a Dimension Data escolheu: Stephen Cummings, Bernhard Eisel, Mark Renshaw, Edvald Boasson Hagen, Reinardt Janse van Rensburg, Jaco Venter, Scott Thwaites e Serge Pauwels.
Na Cannondale-Drapac, Andrew Talansky e Rigoberto Uran vão partilhar a liderança. A acompanhá-los estarão: Alberto Bettiol, Patrick Bevin, Nate Brown, Simon Clarke, Taylor Phinney, Pierre Rolland (vencedor de uma etapa no Giro) e Dylan Van Baarle.
Esquema idêntico na Astana, mas com Fabio Aru e Jakob Fuglsang. A equipa fica completa com: Dario Cataldo, Alexey Lutsenko, Dmitriy Gruzdev, Michael Valgren, Bakhtiyar Kozhatayev, Andriy Grivko e Andrey Zeits.
Quanto à Cofidis, este ano parece que irá mesmo contar com o seu líder Nacer Bouhanni, depois de em 2016 o francês ter ficado de fora devido a um murro que deu a um hóspede que estaria a fazer barulho no hotel, na noite anterior aos Campeonatos Nacionais. Lesionou-se na mão com esse acto. A formação francesa convocou também Dimitri Claeys, Christophe Laporte, Cyril Lemoine, Luis Angel Maté, Daniel Navarro, Florian Sénéchal, Julien Simon e Geoffrey Soupe.
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