(Fotografia: Stiehl Photography) |
Os nove ciclistas que a Bora-Hansgrohe vai apostar no Giro100 foram hoje confirmados. Quando José Mendes foi o escolhido na Vuelta foi um prémio mais do que merecido para um ciclista que desde 2013 tem sido fundamental na evolução da equipa. Com os planos para subir de categoria, a estrutura manteve o contrato com o português que voltaria a ter um papel mais de apoio, depois do destaque na Vuelta. Nessa corrida ainda se chegou a ver o campeão nacional mostrar-se, mas infelizmente um problema no joelho perturbou a sua condição física.
Esta escolha da Bora-Hansgrohe denota a confiança que os directores desportivos mantêm em José Mendes. É certo que König foi contratado - um regresso à equipa depois de uma passagem apagada na Sky - para o Giro e provavelmente para a Vuelta, com Rafal Majka a ser aposta para o Tour e Vuelta. Sem König a confiança recai num homem da casa e é a oportunidade de uma carreira para José Mendes. A Bora-Hansgrohe faz o primeiro ano como formação do World Tour e na primeira grande volta, é o campeão nacional que irá liderar no ataque à geral.
José Mendes aspirava estar no Giro para dizer que esteve nas três grandes voltas. O sonho concretizou-se com um grande bónus. Pode agora dizer que esteve nas três grandes voltas, duas delas como líder.
O que podemos esperar de José Mendes?
O campeão nacional é um bom trepador. Na Volta a Espanha de 2016 não se deixou intimidar por aquelas rampas que se tornaram imagem de marca da corrida e chegou a ver-se que tinha capacidade para ir ao ritmo dos melhores em certas etapas. Porém, a lesão no joelho limitou-o e foi difícil manter a regularidade obrigatória para conseguir um resultado de relevo, como um top 20, por exemplo. Terminou na 54ª posição, a mais de duas horas de Nairo Quintana, mas não houve nada a apontar. Não desistiu, lutou com as armas que teve e como o joelho deixou.
Aos 32 anos está numa edição sempre especial de uma corrida de tanta importância como é o Giro. Resta-nos esperar que José Mendes possa estar a um grande nível e retribuir a confiança que a Bora-Hansgrohe depositou nele.
(Imagem: Bora-Hansgrohe) |
A seu lado estará Jan Bárta, ciclista checo da mesma idade, que está na estrutura desde 2010 e que poderá ser também uma possibilidade para lutar por um bom lugar na geral. Com Mendes e Bárta, um dos planos da equipa poderá mesmo por tentar que um deles possa lutar por uma etapa, podendo ficar outro mais resguardado para a geral. Há que não esquecer que os pontos na classificação geral de uma grande volta são importantes para o ranking UCI.
Sam Bennett e um Matteo Pelucchi estarão com o objectivo de conquistar etapas aos sprint. Cesare Benedetti, Patrick Konrad, Gregor Muhlberger, Lukas Postlberger e Rudi Selig serão os homens de trabalho.
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