Foi assim que ficou Marcel Kittel após a agressão |
Um mal menor. Tendo em conta que enfrentava um máximo de seis meses de suspensão, Andrei Grivko nem se poderá queixar muito por ter recebido 45 dias. Em causa está a agressão do ucraniano a Marcel Kittel durante a terceira etapa da Volta ao Dubai, a 2 de Fevereiro. A UCI anunciou que o castigo será cumprido entre 1 de Maio e 14 de Junho.
O ciclista e a Astana sabiam que era impossível escapar a uma suspensão, que seria sempre de pelo menos um mês perante a situação. A agressão aconteceu nos últimos quilómetros da etapa, numa altura em que no pelotão já muito se lutava pelo posicionamento, a pensar no sprint. Não há imagens do sucedido, apenas do resultado, ou seja, do rosto ensanguentado de Kittel. O alemão acusou Grivko de o ter agredido, enquanto o ucraniano afirmou que respondeu com agressividade à agressividade de Kittel, que considerou que estava a colocar em causa a segurança de todos com a forma como se queria posicionar.
Andrei Grivko foi de imediato expulso da corrida e a Astana pediu desculpas, que não foram aceites por Marcel Kittel. "Não teve nada a ver com o ciclismo. O que o Grivko fez é uma vergonha para o nosso desporto", disse o sprinter na altura, que apelou à sanção máxima, ou seja, seis meses de suspensão.
A UCI não concordou com o ciclista da Quick-Step Floors, optando por uma suspensão menor, mas que irá perturbar a época de Grivko (33 anos). O ucraniano vai falhar todas as principais competições vistas como de preparação para a Volta a França, podendo estar em risco uma possível chamada para a corrida.
Depois da polémica que o acto de Grivko provocou - com o australiano Robbie McEwen, ciclista já retirado, a recordar que também ele foi agredido pelo ucraniano num Eneco Tour, há cerca de dez anos -, ninguém reagiu publicamente ao anúncio da suspensão, o que permite colocar um ponto final numa situação caricata e muito negativa para o ciclista e para a própria Astana.
Sem comentários:
Enviar um comentário