20 de abril de 2017

Agressão a Marcel Kittel vale 45 dias de suspensão

Foi assim que ficou Marcel Kittel após a agressão
Um mal menor. Tendo em conta que enfrentava um máximo de seis meses de suspensão, Andrei Grivko nem se poderá queixar muito por ter recebido 45 dias. Em causa está a agressão do ucraniano a Marcel Kittel durante a terceira etapa da Volta ao Dubai, a 2 de Fevereiro. A UCI anunciou que o castigo será cumprido entre 1 de Maio e 14 de Junho.

O ciclista e a Astana sabiam que era impossível escapar a uma suspensão, que seria sempre de pelo menos um mês perante a situação. A agressão aconteceu nos últimos quilómetros da etapa, numa altura em que no pelotão já muito se lutava pelo posicionamento, a pensar no sprint. Não há imagens do sucedido, apenas do resultado, ou seja, do rosto ensanguentado de Kittel. O alemão acusou Grivko de o ter agredido, enquanto o ucraniano afirmou que respondeu com agressividade à agressividade de Kittel, que considerou que estava a colocar em causa a segurança de todos com a forma como se queria posicionar.

Grivko vai cumprir a suspensão entre 1 de Maio e 14 de Junho
(Fotografia: Astana)
Andrei Grivko foi de imediato expulso da corrida e a Astana pediu desculpas, que não foram aceites por Marcel Kittel. "Não teve nada a ver com o ciclismo. O que o Grivko fez é uma vergonha para o nosso desporto", disse o sprinter na altura, que apelou à sanção máxima, ou seja, seis meses de suspensão.

A UCI não concordou com o ciclista da Quick-Step Floors, optando por uma suspensão menor, mas que irá perturbar a época de Grivko (33 anos). O ucraniano vai falhar todas as principais competições vistas como de preparação para a Volta a França, podendo estar em risco uma possível chamada para a corrida.

Depois da polémica que o acto de Grivko provocou - com o australiano Robbie McEwen, ciclista já retirado, a recordar que também ele foi agredido pelo ucraniano num Eneco Tour, há cerca de dez anos -, ninguém reagiu publicamente ao anúncio da suspensão, o que permite colocar um ponto final numa situação caricata e muito negativa para o ciclista e para a própria Astana.


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