(Fotografia: Facebook Gent-Wevelgem) |
Por esta altura em 2016, Greg van Avermaet era considerado um dos grandes favoritos à vitória no monumento belga. O ciclista da BMC tinha conquistado pela primeira vez uma clássica no seu país, a Omloop Net Nieuwsblad. Pouco depois surpreendeu (até a ele próprio) ao conquistar o Tirreno-Adriatico, beneficiando do cancelamento da etapa rainha devido ao mau tempo. No entanto, uma queda juntamente com colegas da equipa obrigou-o a abandonar a Volta a Flandres e falhou o Paris-Roubaix. Mais uma vez a desilusão batia à porta de Avermaet e mais uma vez o ciclista teve de demonstrar uma das características que marca a sua carreira: perseverança. Voltou para garantir uma brilhante exibição na Volta a França, que lhe valeu uma etapa e a camisola amarela, que defendeu até aos seus limites, talvez até mais além, nos dois dias seguintes.
No entanto, foi aquele 6 de Agosto que acabaria por ser o momento alto de um ano que estava a ser perto da perfeição. A medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro elevou de vez o ciclista à condição de um dos mais importantes do pelotão. Para trás ficou definitivamente o estigma do segundo classificado. Avermaet, o campeão olímpico. Avermaet, o belga vencedor. O ciclista trabalhou muito para conquistar o seu lugar entre os melhores e não para ser chamado apenas a besta negra de Peter Sagan. Naturalmente que não é uma forma que queira ser conhecido, ainda que, no fundo, seja até um elogio, tendo em conta a importância de Sagan. Porém, Avermaet é agora um corredor que agora ganha aos melhores e não apenas a um dos melhores. E é um dos melhores.
Aos 31 anos, o homem da BMC sabe que chegou o momento da machada final, ou seja, de dar o tudo por tudo pela Volta a Flandres. A porta das vitórias está aberta, mas Avermaet sabe que rapidamente se pode fechar, tendo em conta os novos valores para as clássicas que estão a aparecer. Se conquistar o monumento, será mais um ano memorável, pois o belga tornou-se apenas no segundo ciclista da história a fazer a tripla, ou seja, a ganhar a Omloop Het Nieuwsblad, E3 Harelbeke e Gent-Wevelgem. O holandês Jan Raas fê-lo em 1981. Rematar esta fase com a Volta a Flandres seria para Greg van Avermaet... perfeito!
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