15 de fevereiro de 2017

"Vou tentar melhorar o resultado do ano passado na Volta ao Algarve"

É um Amaro Antunes muito motivado aquele que está na Volta ao Algarve. São várias as razões: está a correr "em casa", em 2016 alcançou um excelente 10º lugar e este ano conta com dois factores extra, sendo o primeiro a exibição na Volta à Comunidade Valenciana (alcançou uma sexta e uma terceira posição em duas etapas) e o segundo, sentir que tem o apoio de uma equipa forte, que acredita que o ciclista algarvio pode alcançar bons resultados, mesmo tendo uma concorrência feroz de equipas do nível World Tour. Por isso mesmo, Amaro Antunes não hesita em dizer que o seu objectivo é "tentar melhorar o resultado do ano passado"."Tenho uma equipa bastante unida em meu redor e isso dá-me motivação para encarar esta corrida com optimismo", salientou ao Volta ao Ciclismo.

A primeira cartada de Amaro Antunes começará a ser jogada já esta quinta-feira, com a chegada ao Alto da Fóia. "O dia da Fóia e do Malhão serão importantes, se as pernas ajudarem. Não somos máquinas, mas se o corpo ajudar, certamente que tentarei fazer algo", explicou. A motivação que traz das exibições na Volta à Comunidade Valenciana é "um balão de confiança" que Amaro Antunes quer transformar em mais uma grande performance quando enfrentar as três subidas da segunda etapa, a última de primeira categoria, na tradicional chegada ao Alto da Fóia.


"Acho que estou na altura certa para apostar nas corridas internacionais. Estou muito grato pela confiança que estão a depositar em mim"

Mas era inevitável recordar aquela subida ao "inferno" (como é conhecida a ascensão) de Mas de la Costa. E Amaro Antunes sorri quando começa a descrever o memorável dia, que chegou a ter um momento que o fez temer que poderia não conseguir um bom resultado: "Na verdade estava confiante para essa etapa, mas no início, nos primeiros 30 quilómetros, tive uma queda e sofri um golpe no joelho. Fiquei com algum receio, mas tinha uma equipa super unida e que me fez acreditar que seria possível, por isso, não baixei os braços. O meu foco na subida final era chegar o mais à frente possível. A roda de Nairo Quintana era um objectivo, mas tive que regular bastante o meu esforço porque entrei na subida um pouco mal colocado e tive de fazer um esforço extra para lá chegar à frente. Depois foi fazer uma gestão, pois tive receio de ter uma quebra a meio da subida e deitar por terra todo o esforço. Optei por reduzir um pouco o ritmo, deixar ir embora o Quintana e fazer uma subida progressiva. Felizmente consegui obter um excelente resultado."

Amaro Antunes terminou em terceiro nessa etapa a 45 segundos do vencedor Nairo Quintana (Movistar), que acabaria por conquistar a geral. Mas mesmo que tenha ficado "apenas" na 20ª posição no final da corrida, devido a um contra-relógio por equipas que o deixou longe do top dez, o ciclista português deixou o sinal que quer ter um grande ano na W52-FC Porto, depois de ter evoluído nos últimos dois anos na extinta LA Alumínios-Antarte. "Acho que estou na altura certa para apostar nas corridas internacionais. A equipa deu-me essa oportunidade e e eu agradeço muito ao Nuno Ribeiro [director desportivo], que tem sido uma pessoa muito importante na minha preparação e, acima de tudo, na minha motivação. Estou muito grato pela confiança que estão a depositar em mim", referiu.

Para terminar garantiu que a W52-FC Porto foi a escolha certa. E será de azul e branco que esta quinta-feira estará na segunda etapa da Volta ao Algarve, entre Lagoa e o Alto da Fóia. Serão 189,3 quilómetros, com uma subida de terceira categoria ao quilómetro 123,4 (serão cerca de cinco de ascensão, que termina em Eirinha), depois serão quase quatro mil metros numa segunda categoria que começa aos 167,2 (termina no Alto da Pomba) e, claro, para finalizar o Alto da Fóia, que em 2016 foi conquistado por Luis León Sánchez, da Astana.

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