3 de fevereiro de 2017

Volta à Turquia pode ser cancelada por falta de equipas do World Tour

(Fotografia: Facebook Volta à Turquia)
O aumento do calendário World Tour em mais 11 corridas poderá começar a revelar-se uma aposta falhada por parte da UCI. Primeiro foi a Volta ao Qatar a ser cancelada por falta de patrocinadores e agora é a Volta à Turquia que poderá seguir o mesmo caminho, mas por falta de equipas do World Tour. Apesar de este ano pertencer à principal categoria, a UCI determinou que as formações podem escolher em quais das novas competições querem participar. E a Turquia não está a ser nada atractiva e só terá confirmada uma equipa do World Tour.

A federação de ciclismo turca quer evitar o cancelamento e, segundo o site Cycling News, terá enviado um representante aos Mundiais de Ciclocrosse, que se realizaram no passado fim-de-semana no Luxemburgo, para apelar à UCI uma mudança de data. O objectivo é que a corrida se realize em Outubro ou Novembro e não em Abril, como está agendada.

A UCI ainda não se pronunciou sobre esta questão, mas será muito improvável que adie a corrida. Novembro estará fora de questão, pois seria estender em demasia o calendário e em Outubro será complicado, ainda que não impossível.

Mas o problema da Turquia vai muito mais além de questões de datas. A instabilidade política no país - ainda no ano passado sofreu uma tentativa de golpe de Estado - e os problemas de insegurança provocados pelos vários atentados terroristas que a Turquia tem sido alvo nos últimos tempos, são também razões que afastam as equipas de uma corrida que chegou a seduzir alguns nomes importantes do pelotão internacional.

No ano passado apenas participaram duas equipas do World Tour, quando no ano anterior tinham lá estado seis. A subida de categoria era algo há muito desejado pelos organizadores da corrida, mas acabou por chegar numa altura muito difícil para o país.

De recordar que José Gonçalves conquistou a edição de 2016, ao serviço da Caja Rural.

Terceira corrida francesa cancelada este ano

Confirmado está o cancelamento da Cholet-Pays de Loire. A corrida de um dia deveria ter a sua 40ª edição em Março, mas a organização e os responsáveis políticos da região não chegaram a acordo, nem depois da intervenção de Marc Madiot, director da FDJ e presidente da liga nacional francesa de ciclismo, segundo avançou o DirectVelo. No entanto, desconhece-se as razões do desentendimento.

O cancelamento da Cholet-Pays de Loire segue-se ao fim do Critérium International e da La Méditerranéenne. A Taça de França fica assim a contar com 15 corridas, em vez de 16.

A questão de sobrevivência de algumas corridas, principalmente na Europa, já chegou a Itália. O responsável pela organização da GP Costa degli Etruschi, Adriano Amici, afirmou ao VeloNews que o número crescente de competições na Austrália e no Médio Oriente está a afastar as grandes equipas da Europa neste início de temporada. Amici recorda que a competição transalpina já contou com grandes nomes no passado, tendo vencedores como Mario Cipollini, Alessandro Petacchi, Elia Viviani e Michele Scarponi. Porém, este ano apenas está inscrita uma equipa do World Tour, a UAE Abu Dhabi (antiga Lampre), que estará presente com uma formação 100% italiana, liderada por Diego Ulissi.

É também referido que ainda há dez anos muitas das principais equipas escolhiam aquela região de Itália para realizar estágios. Porém, agora refugiam-se mais no sul de Espanha, optando depois por rumar à Austrália ou Médio Oriente para começarem as temporadas.



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