11 de fevereiro de 2017

Valverde em fuga solitária durante mais de 60 quilómetros, ficou mais perto da marca centenária

(Fotografia: Twitter Volta a Múrcia)
Alejandro Valverde já há muito que tem um lugar reservado na história do ciclismo. O caso de doping naturalmente que deixa uma mancha, mas a verdade é que o espanhol soube lidar com a situação e ano após ano, e mesmo já com 36, Valverde não pára de ganhar e na sua terra, Múrcia, conquistou o seu 98º primeiro lugar (número que inclui a conquista de classificações gerais). 2017 parece destinado a ser o ano em que finalmente chega aos cem e depois da exibição deste sábado, não restam grandes dúvidas que a magnífica marca vai acontecer mais corrida, menos corrida.

Para abrir a conta de vitórias em 2017, Valverde escolheu fazê-lo em estilo. Uma fuga solitária de praticamente 70 quilómetros garantiu o seu quinto triunfo na Volta a Múrcia, ficando o aviso que o espanhol ameaça voltar a apresentar-se muito forte nas fase das clássicas das Ardenas, em Abril. Por alguma razão tem a alcunha de "Bala". Mas até lá irá participar em quatro corridas em Espanha (Ruta del Sol - que venceu quatro vezes-, Volta à Catalunha - conquistou em 2009 -, Grande Prémio Miguel Indurain e Volta ao País Basco) e uma em França (Paris-Nice).

No ano passado, Valverde fechou um ciclo que há muito desejava: participar na Volta a Itália e assim, não só pode dizer que participou nas três grandes voltas, mas também conquistou uma etapa em todas, contabilizando triunfos no Giro, Tour e Vuelta. Esta última foi uma das suas vitórias mais significativas, sendo a única grande volta que venceu, apesar de muito ter tentado o Tour. Esteve também no pódio nas três grandes.

2016 também ficará marcado na carreira do espanhol como aquele em que fez as três grandes voltas. No final do ano disse: nunca mais! Esta temporada regressa ao seu habitual calendário, apostando no Tour - no apoio a Nairo Quintana - e na Vuelta, na qual poderá até ser o líder, dependendo do que acontecer com o colombiano no Giro e no Tour. Valverde ambiciona conquistar a sua quinta Flèche Wallonne (a conseguir será a quarta consecutiva) e a quarta Liège-Bastogne-Liège, o seu monumento de eleição.

Mas certamente que veremos Valverde na luta por muitas mais vitórias, pois o espanhol é um ciclista que tem demonstrado que os anos podem passar, mas tal não significa ficar afastado de grandes momentos, de grandes conquistas. Valverde tem gerido a sua carreira de uma forma fantástica e até já teria ultrapassado as cem vitórias não fosse ter visto serem anuladas as cinco de 2010 devido ao caso de doping.

Aos 36 anos, a grande questão é: até quando vamos ver Valverde competir, pois, para ele, sair quando está em alta parece ser difícil de decidir, pois não dá sinais de baixar de rendimento.

Foi na Kelme-Costa Blanca, em 2002, que iniciou a carreira como profissional. No ano seguinte começou a somar vitórias, incluindo duas no Troféu Joaquim Agostinho e duas na Volta a Espanha, corrida na qual soma nove etapas. Em 2005 passou para a estrutura da Illes Balears-Caisse d'Epargne (actual Movistar), de onde nunca mais saiu.

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