(Fotografia: Quick-Step Floors) |
Portanto, a 1 de Julho o ciclismo poderá enfrentar uma notícia que, apesar das palavras do director desportivo, continua a parecer impossível. Patrick Lefevere explica que não irá arrastar a situação, pois se não conseguir garantir bons ciclistas, prefere deixar a função. Em entrevista ao jornal belga Het Nieuwsblad, citado pelo site Ciclo21, o responsável salienta que os empresários dos ciclistas estão a começar a ficar nervosos. Já em 2016 Lefevere teve problemas para fazer garantir novos corredores, pois não pôde oferecer mais do que um ano de contrato. Marcel Kittel, Julian Alaphilippe e Fernando Gaviria são apenas alguns dos grandes nomes que compõem o plantel de uma das melhores equipas do pelotão. Não terão falta de interessados e a 1 de Agosto podem começar a oficializar novos contratos, daí o prazo estabelecido por Lefevere.
"Estou a negociar com muito boa fé com a Quick-Step, mas eles não querem decidir-se em breve e isso não é uma opção para mim. Gostaria de poder esperar tranquilamente até à Volta a França, mas se o faço, fico sem ciclistas. Os empresários já estão nervosos", afirmou Lefevere, considerando que mesmo que a empresa continue, não será justo que suporte sozinha os elevados custos de uma equipa com um dos maiores orçamentos. O belga recorda que sempre teve patrocinadores locais - nasceu na Flandres -, mas está receptivo a outro tipo de investidores: "Não sou cego e sei que isto [ciclismo] cresceu imenso e que o ciclismo é um exemplo claro da globalização da economia. Já vimos como os chineses compraram metade de África e como os árabes se apropriaram de metade do futebol. Por mim, o novo patrocinador pode ser um simpático chinês."
Lefevere diz que apesar da incerteza que a equipa atravessa, está tranquilo e até tenta manter alguma boa disposição quando pensa no futuro além ciclismo: "Uma vida fora do ciclismo seria muito difícil para mim. Que faria? Provavelmente escrever textos de opinião a quem me pagar mais!"
A entrevista é publicada numa altura em que arrancou a época do ano em que Lefevere costuma apostar muito forte. As equipas do belga sempre se destacaram nas provas de um dia e em 2017 o director desportivo quer que os seus ciclistas se mantenham concentrados e avisa que não admitirá que alguém tente pensar só nos resultados pessoais. Se tal acontecer, não chamará esses ciclistas para outras corridas. A formação tem vários potenciais líderes, mas até dia 9 de Abril, dia de Paris-Roubaix, todos estarão ao serviço de Tom Boonen, que se prepara para terminar a carreira.
As 12 vitórias que a Quick-Step Floors já soma são um bom cartão de visita para eventuais negociações, mas mais do que os triunfos de 2017, o historial de grande sucesso de ciclistas orientados por Lefevere conferem ao belga um enorme prestígio. Porém, aos 62 anos, o director desportivo enfrenta um dos momentos mais difíceis da sua carreira. Mario Cipollini, Paolo Bettini e Richard Virenque foram três dos grandes nomes que orientou e, mais recentemente, Tom Boonen, Mark Cavendish, Tony Martin e há que incluir na lista Michal Kwiatkowski, que foi o último campeão do mundo de estrada de uma equipa de Lefevere.
A actual estrutura foi criada em 2002. Teve vários nomes, mas a Quick-Step foi uma constante. Antes tinha orientado uma forte Mapei e a MG-GB. Como ciclista, Lefevere era um especialista em clássicas, ainda que não tenha somado muitas vitórias. Venceu uma Kuurne-Brussels-Kuurne em 1978, no mesmo ano em que conquistou uma etapa na Volta a Espanha. Foi como director desportivo que se destacou, sendo há muito um dos melhores na captação de jovens ciclistas, principalmente os que demonstram qualidades para corridas de um dia.
»»Marcel Kittel foi agredido durante etapa e pede pena máxima para Andrei Grivko««
»»Para a Quick-Step Floors só existe uma forma de encarar as corridas: é para vencer, vencer, vencer««
»»Tom Boonen, o senhor relações públicas... depois do Paris-Roubaix««
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Lefevere diz que apesar da incerteza que a equipa atravessa, está tranquilo e até tenta manter alguma boa disposição quando pensa no futuro além ciclismo: "Uma vida fora do ciclismo seria muito difícil para mim. Que faria? Provavelmente escrever textos de opinião a quem me pagar mais!"
A entrevista é publicada numa altura em que arrancou a época do ano em que Lefevere costuma apostar muito forte. As equipas do belga sempre se destacaram nas provas de um dia e em 2017 o director desportivo quer que os seus ciclistas se mantenham concentrados e avisa que não admitirá que alguém tente pensar só nos resultados pessoais. Se tal acontecer, não chamará esses ciclistas para outras corridas. A formação tem vários potenciais líderes, mas até dia 9 de Abril, dia de Paris-Roubaix, todos estarão ao serviço de Tom Boonen, que se prepara para terminar a carreira.
As 12 vitórias que a Quick-Step Floors já soma são um bom cartão de visita para eventuais negociações, mas mais do que os triunfos de 2017, o historial de grande sucesso de ciclistas orientados por Lefevere conferem ao belga um enorme prestígio. Porém, aos 62 anos, o director desportivo enfrenta um dos momentos mais difíceis da sua carreira. Mario Cipollini, Paolo Bettini e Richard Virenque foram três dos grandes nomes que orientou e, mais recentemente, Tom Boonen, Mark Cavendish, Tony Martin e há que incluir na lista Michal Kwiatkowski, que foi o último campeão do mundo de estrada de uma equipa de Lefevere.
A actual estrutura foi criada em 2002. Teve vários nomes, mas a Quick-Step foi uma constante. Antes tinha orientado uma forte Mapei e a MG-GB. Como ciclista, Lefevere era um especialista em clássicas, ainda que não tenha somado muitas vitórias. Venceu uma Kuurne-Brussels-Kuurne em 1978, no mesmo ano em que conquistou uma etapa na Volta a Espanha. Foi como director desportivo que se destacou, sendo há muito um dos melhores na captação de jovens ciclistas, principalmente os que demonstram qualidades para corridas de um dia.
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