29 de janeiro de 2017

Primeira nova competição do World Tour recebeu quase todas as principais equipas

Sprint da Cadel Evans Great Ocean Race (Fotografia: Facebook da corrida)
À terceira edição, a Cadel Evans Great Ocean Race chegou à categoria World Tour e teve o maior pelotão, sem surpresa, da sua curta história. O maior em quantidade e qualidade. Com as principais equipas a terem a possibilidade de escolher se querem ou não participar nas novas provas, 13 das 18 formações World Tour estiveram na corrida que nasceu em homenagem ao único australiano a vencer a Volta a França, Cadel Evans. Foram elas: Orica-Scott, Sky, Bora-Hansgrohe, BMC, Dimension Data, Lotto Soudal, Katusha-Alpecin, Sunweb, Lotto-Jumbo, AG2R, Trek-Segafredo, Cannondale-Drapac e a Quick-Step Floors.

Durante os 173,9 quilómetros em Geelong, alguns dos principais ciclistas da actualidade demonstraram a vontade de tentar conquistar a vitória, com destaque para Chris Froome (Sky) que fez a primeira competição do ano. Richie Porte (BMC), Johan Esteban Chaves (Orica-Scott), Robert Gesink (Lotto-Jumbo) foram alguns dos que atacaram, numa corrida muito mexida, mas que acabou por ser discutida ao sprint. 

O vencedor Nikias Arndt (Fotografia: Facebook da corrida)
Nikias Arndt foi o vencedor, dando a primeira vitória do ano à Sunweb, que assim começa 2017 muito melhor do que 2016, quando teve de esperar até Maio para começar a ganhar, na altura na primeira etapa da Volta a Itália, por intermédio de Tom Dumoulin. Três edições, três vitórias europeias. O belga Gianni Meersman venceu em 2015 e o britânico Peter Kennaugh no ano passado. É uma das poucas corridas australianas em que os ciclistas "da casa" não conseguem conquistar, apesar de terem sempre alguém no pódio. Simon Gerrans (Orica-Scott) e Cameron Meyer (KordaMentha Real Estate Australia) completaram o pódio em 2017.

Mas falemos dos portugueses. Na sua segunda prova de World Tour e depois de uma estreia fantástica no Tour Down Under, Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo) acabou por abandonar, tendo Tiago Machado sido o melhor português ao terminar no 40º lugar, a 37 segundos do vencedor. O colega da Katusha-Alpecin, José Gonçalves, acabou logo a seguir, em 46º.

Restrepo, um ciclista a seguir com atenção em 2017

Das principais estrelas, Richie Porte chegou com o pelotão, já Chris Froome, depois do seu ataque não ter resultado, ficou para trás, terminando a 43 segundos de Arndt. Chaves demorou mais 54 segundos que o alemão a cortar a meta. Mas há um nome que pode ainda não ser uma estrela, mas parece que começa a mostrar que o pode ser: Jhonatan Restrepo.

Restrepo venceu a classificação da juventude no Tour Down Under
(Fotografia: Twitter Katusha-Alpecin
Aos 22 anos está a fazer a segunda temporada na Katusha e depois de ter vencido a classificação da juventude no Tour Down Under e ter ficado em 10º na geral, o colombiano foi quarto na Cadel Evans Great Ocean Race. Em 2016, Restrepo mostrou algum do seu talento em provas como a Volta à Califórnia, Volta à Suíça e inclusivamente na Vuelta, tendo terminando no top dez em quatro etapas. Ainda muito jovem, já se percebeu que Restrepo pode muito bem seguir os passos dos colombianos que já estão entre a elite do ciclismo, como Nairo Quintana, Johan Esteban Chaves e Rigoberto Uran. Falta saber em que tipo de ciclista Restrepo irá evoluir, pois já demonstrou que tanto pode lutar em corridas por etapas, como em provas de um dia.

Perante o cancelamento da Volta ao Qatar, agora será preciso esperar até 23 de Fevereiro pela próxima prova World Tour, que será também uma estreia nesta categoria: a Volta a Abu Dhabi. Mas até lá, alguns ciclistas vão permanecer na Austrália para a Herald Sun Tour (de 1 a 5 de Fevereiro), outros vão começar a pensar na Volta ao Dubai (31 de Janeiro a 4 de Fevereiro). E claro, o Algarve espera por alguns dos grandes nomes do ciclismo entre 15 e 19 de Fevereiro.


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