13 de dezembro de 2016

Salvação para equipa de Rui Costa pode chegar do Médio Oriente

Prazo para a entrega de documentos da equipa de Rui Costa termina na quinta-feira
(Fotografia: Facebook de Rui Costa)
Há luz ao fundo do túnel para a equipa de Rui Costa. As promessas de um mega projecto chinês acabaram numa incerteza que estava a preocupar ciclistas e restante staff, ainda mais quando a UCI confirmou as licenças World Tour, mas a da TJ Sport ficou adiada para ser reanalisada. A gravidade da situação foi confirmada quando o estágio marcado para este mês não se realizou e o empresário de Louis Meintjes, um dos principais ciclistas da equipa, afirmou que estava preocupado com o futuro (ou falta dele) da formação chinesa. Porém, com o prazo para obter a licença a chegar ao fim - quinta-feira, 15 de Dezembro -  a salvação poderá chegar de Abu Dhabi. Parece que não será um mar de rosas para a formação de Rui Costa, mas o apoio será o suficiente para convencer a UCI a entregar a licença World Tour, ficando assegurado o pagamento dos ordenados já acordados.

A Colnago, marca de bicicletas, terá desempenhado um papel importante para evitar uma possível extinção do projecto, segundo o site Cycling News, que acrescenta ainda que os fundos deverão chegar de Abu Dhabi, mas ainda não são conhecidos os investidores e patrocínios, nem como se chamará a equipa. Os pormenores poderão ser revelados na próxima quinta-feira, caso a UCI revele a sua decisão logo nesse dia.

Quando em Agosto a TJ Sports anunciou a compra da Lampre-Merida foram feitas promessas de um forte investimento chinês, de tal forma que não se sabia ao certo qual seria o nome da equipa, pois a empresa estava à espera de saber quem seriam os restantes patrocinadores, referindo que existiam vários interessados. Entretanto, a própria Lampre colocou em causa a sua continuidade no ciclismo e antes a Merida já se tinha associado à nova equipa do Médio Oriente, do Bahrain, que tinha garantido a contratação de Vincenzo Nibali.

A TJ Sport rapidamente renovou os contratos de Rui Costa, Diego Ulissi e Sacha Modolo. Mais tarde contratou, Ben Swift (Sky), John Darwin Atapuma (BMC), Andrea Guardini (Astana), Vegard Stake Laengen (IAM) e Marco Marcato (Wanty-Groupe Gobert). Além disso assegurou que os ciclistas que tinham contrato com a Lampre, continuassem, casos do sul-africano Louis Meintjes.

Porém, de um mega projecto, a equipa poderá passar para o orçamento mais baixo do World Tour. Segundo o Cycling News serão disponibilizados entre oito a nove milhões de euros, o que significará que não haverá dinheiro para grandes despesas extra, como estágios e uma apresentação da equipa muito elaborada.

O director desportivo Giuseppe Saronni e coordenador Mauro Gianetti têm nos últimos dias feito todos os esforços para garantir o apoio para viabilizar a equipa. Gianetti terá mesmo viajado à China para tentar perceber o que se passava com os documentos em falta, alegadamente porque o responsável teria adoecido.

Entretanto os ciclistas continuam à espera da entrega das bicicletas - que continuam à espera na sede da Colnago em Milão - e não têm ainda equipamentos que eram suposto terem sido criados pela Champion System, empresa de Hong Kong que desempenhou um papel importante na aquisição da Lampre-Merida.

Na quinta-feira as dúvidas sobre o futuro da equipa do português Rui Costa poderão ficar finalmente dissipadas.


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