(Fotografia: Facebook de Ben Swift) |
O desconforto é generalizado e aos poucos vai sendo tornado público. Primeiro foi o empresário de Louis Meintjes a admitir o receio daquela que deveria ser a primeira equipa chinesa no World Tour não venha sequer a existir. Agora foi Ben Swift, uma das contratações, que confessou que perante tanta indefinição começou a pensar num plano B, ainda que mantenha a esperança que, apesar da pouca informação que os responsáveis estão a passar aos ciclistas, tal signifique que estão a trabalhar para garantir que vão existir novos patrocinadores e que haverá equipa em 2017.
"Espero que o contacto limitado esteja a acontecer porque estão a trabalhar. Estou a colocar a minha fé neles que tudo vai acontecer. A equipa está confiante", realçou Ben Swift ao Cycling News. O britânico está a tentar viver o mais normalmente possível e disse que até foi a Itália buscar a bicicleta Colnago e realizar os exames médicos, estando agora a treinar para começar bem 2017.
No entanto, Swift não está 100% descansado, pois as informações que sabe são basicamente as que lê nas notícias que têm sido publicadas. Ou seja, o projecto já não deverá ser chinês, mas sim com investidores de Abu Dhabi. A documentação necessária tinha de ser entregue até dia 15 (quinta-feira), mas a UCI ainda não se pronunciou sobre se o projecto irá receber ou não a licença World Tour. "A equipa disse que nos avisaria em breve, mas estavam a aguardar pelo protocolo correcto dos patrocinadores antes de tornarem pública a informação. Honestamente, não sei nada. Só li o que está na imprensa e espero que apenas não nos estejam a dizer nada porque estão a trabalhar [para arrancar com o projecto]", afirmou Swift.
Depois de sete anos na Sky, Ben Swift considerou que estava na altura de experimentar algo diferente. Com 29 anos, o britânico quer apostar nas clássicas e também em chegadas ao sprint em grandes voltas. Escolheu o que era então suposto ser o projecto chinês (ex-Lampre-Merida), equipa que já tinha renovado com Rui Costa, Diego Ulissi e Sacha Modolo, além de contar também com um dos jovens ciclistas que mais cobiça vai recebendo de outras equipas: o sul-africano Louis Meintjes.
Swift sempre disse estar entusiasmado por ter a oportunidade de fazer parte de um novo projecto - ainda que a base seja a da Lampre-Merida -, mas a incerteza quanto ao futuro fez com que, pelo sim pelo não, começasse a pensar noutras possibilidades: "Obviamente o meu empresário, Andrew McQuaid, e eu falamos regularmente e se o pior acontecer, então temos algumas coisas a avançar nos bastidores. Felizmente tenho alguns pontos World Tour, que podem ou não ser úteis nesta altura. Contudo, não é algo que eu queira preocupar-me. Só estou focado nas coisas que posso controlar, ou seja, o meu treino."
A época começa daqui a um mês e apesar de nem saberem se terão equipa, os ciclistas tentam preparar as suas temporadas. Rui Costa, por exemplo, está a ser apresentado como um dos principais ciclistas a participar na Volta a San Juan, na Argentina (de 23 a 29 de Janeiro), juntamente com Tom Boonen (Quick-Step Floors) e Vincenzo Nibali (Bahrain-Merida).
Por enquanto, a espera pela decisão da UCI continua.
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