A cerca de três meses do início da 43ª edição da Volta ao Algarve (15 a 19 de Fevereiro) já é conhecido o percurso. Não há grandes surpresas e nem se esperava. A questão é mesmo que ao serem "oficializadas" as etapas começa a ser impossível esconder a ansiedade por saber quem do World Tour estará na competição. Sejamos sinceros: já estamos mal habituados, ou se calhar, muito bem habituados, em (des)esperar por ver os melhores do mundo passar ali tão perto, depois de um ano agarrados à televisão para os ver nas mais diversas corridas, que cada vez mais têm direito a transmissão televisiva.
E por falar em transmissões televisivas, este tem sido um assunto muito abordado desde que mais e mais equipas do World Tour não só vêm ao Algarve, como trazem alguns dos seus melhores ciclistas. A "Algarvia" tem merecido apenas resumos, apesar de ser falada um pouco por todo o mundo. Será que é este ano?
Mas se tal seria importante para promover ainda mais esta zona do país, o melhor para o fã é, se tiver possibilidade, ir até ao Algarve. Afinal ver um Alberto Contador, um Marcel Kittel, um Tony Martin - e é melhor parar por aqui senão a lista ficará muito extensa, tantas foram as estrelas que por cá já passaram - é algo único para quem gosta da modalidade e também para quem gosta "apenas" de passar um bom bocado num ambiente que só o ciclismo proporciona e que depois não resiste a procurar uma fotografia, um autógrafo ou os muito procurados bidões.
Claro que estes nomes referem-se a presenças recentes, pois agora teremos de esperar uma semanas até que comecem as surgir as primeiras confirmações. E a ansiedade aumenta...
Nos últimos dois anos Geraint Thomas foi o vencedor e Alberto Contador brilhou no Alto do Malhão em 2016. Já as equipas portuguesas têm aproveitado a oportunidade para colocar os seus ciclistas a competir com os melhores, importante principalmente para os mais jovens ou para aqueles que se querem mostrar. Amaro Antunes, por exemplo, será um ciclista a ter em atenção. O "homem" da casa esteve fantástico no ano passado, terminando na 10ª posição e agora com as cores da W52-FC Porto quererá certamente não desiludir o "seu" público. Já para não falar que poderá ficar na lista de alguma grande equipa... Porque não...
A título de curiosidade, o último português a vencer foi João Cabreira em 2006 e no ano antes tinha sido Hugo Sabido o melhor. Desde então, Rui Costa foi terceiro em 2014 (quando envergava a camisola de campeão do mundo) e Tiago Machado em 2015.
Vamos então às etapas reveladas esta segunda-feira:
- Albufeira – Lagos
- Lagoa – Fóia (Monchique)
- Sagres – Sagres (contra-relógio individual)
- Almodôvar – Tavira
- Loulé – Malhão
Segundo a organização, poucas mudanças foram feitas. A primeira etapa foi invertida, permitindo que o pelotão tenha uma recta mais ampla, perfeita para um sprint. Na segunda irão subir ao Alto da Fóia por uma vertente diferente, o que significa que vão apanhar uma vertente máxima de 17%! Os 20 quilómetros de contra-relógio mantêm-se, assim como a chegada a Tavira que no ano passado levou muita gente à cidade para ver Marcel Kittel vencer. E o Alto do Malhão deverá voltar a ser decisivo para definir o vencedor da 43ª edição da Volta ao Algarve.
Há ainda que salientar que será um ano especial, pois a UCI subiu a "Algarvia" de categoria, ou seja, de 2.1 para 2.HC, tornando-a na mais importante competição em Portugal. Mais um passo rumo ao calendário World Tour?
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