18 de novembro de 2016

Orica-BikeExchange. O ano da confirmação que esta é uma equipa para todas as frentes

(Fotografia: Facebook Orica-BikeExchange)
Quando surgiu em 2012, a equipa australiana tinha como principais objectivos vitórias de etapas ou em provas de um dia. E desde logo começou a somar, com mais de 40 por época. Porém, nos últimos dois anos foi notório que a Orica queria mais. Queria evoluir. No ano passado ficaram as primeiras mostras, principalmente com Johan Esteban Chaves, que as coisas estavam a mudar. 2016 foi o ano da confirmação e da glória. Não só a Orica mostrou que quer vencer uma grande volta como conquistou dois monumentos no mesmo ano.

Começando precisamente por aí. Mathew Hayman surpreendeu tudo e todos – se calhar, principalmente ele próprio – ao vencer o Paris-Roubaix, numa fase em que já começava a pensar no final da carreira. Chaves fechou um 2016 sensacional para o colombiano ao conquistar a Lombardia. E esta vitória veio depois do terceiro lugar na Vuelta e o segundo no Giro. Este pequeno e simpático colombiano é apenas um dos homens fortes da equipa para as grandes voltas. Os irmãos Yates também estão prontos. Simon teve o "percalço" ao ter acusado positivo num teste anti-doping por uma substância relacionada com um medicamento para a asma. O médico da equipa admitiu a culpa de não ter alertado as entidades responsáveis, mas quem acabou suspenso e com a reputação manchada foi o ciclista. Ainda assim, Simon recuperou bem psicologicamente e venceu uma etapa na Vuelta, terminando em sexto na geral. Quanto a Adam Yates teve o seu momento na Volta a França, ficando em quarto lugar, com o pódio apenas a 21 segundos de distância.

  • 5º lugar no ranking World Tour com 909 pontos
  • 29 vitórias (16 no World Tour, incluindo dois monumentos e seis em grandes voltas – uma no Giro, outra no Tour e quatro na Vuelta)
  • Caleb Ewan foi o ciclista com mais triunfos: 5


Entretanto Caleb Ewan fez mais um ano de evolução. Pode ainda não estar ao nível de um Marcel Kittel, Mark Cavendish ou André Greipel, mas a Orica sabe que tem um sprinter de futuro, algo importante tendo em conta que outro dos homens rápidos com uma boa temporada prepara-se para rumar à Sunweb-Giant: Michael Matthews.

A equipa sobreviveu ainda ao susto do anúncio que a GreenEdge – que até antes da Volta a França era o segundo patrocinador – iria deixar a formação, ainda que daria tempo para que fosse encontrado um substituto. Foi bem mais rápido do que se esperava. Surgiu a BikeExchange, mudaram-se um pouco os equipamentos, mas os resultados continuaram a ser vitórias. Outra das alterações a meio do ano foi a contratação de Carlos Verona. Mais um ciclista com características de voltista e que deixou Patrick Lefevere furioso por o ver sair da Etixx-QuickStep, depois de ter feito a formação na equipa belga.

A Orica-BikeExchange é um dos conjuntos que está a gerar grande curiosidade para o próximo ano, precisamente porque a evolução dos seus jovens ciclistas já os deixou no ponto de começarem a ser candidatos a um triunfo numa grande volta.



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