7 de novembro de 2016

Giant-Alpecin. Um atropelamento arruinou uma temporada que Tom Dumoulin tentou salvar

(Fotografia: Wouter Roosenboom/Team Giant-Alpecin)
A Giant-Alpecin preparava-se para uma nova era sem a sua grande estrela Marcel Kittel, que quebrou contrato e mudou-se para a Etixx-QuickStep. John Degenkolb seria o líder ao lado de Tom Dumoulin, com o alemão desejoso de tentar repetir o sucesso de 2015, no qual conquistou dois monumentos: Milano-Sanremo e Paris-Roubaix. No entanto, o estágio em Janeiro em Alicante, Espanha, limitaria toda uma temporada para a equipa. Seis ciclistas foram atropelados por uma mulher britânica que conduzia em contra-mão. Degenkolb foi dos que ficou pior a par de Chad Haga. O alemão quase perdeu um dedo e só em Maio conseguiu voltar à competição, perdendo a desejada época de clássicas. A Giant-Alpecin ficou assim dependente de Tom Dumoulin e Warren Barguil e que desespero foi aquela primeira fase de temporada.

Só a 6 de Maio a equipa conseguiu finalmente a sua primeira vitória. Tom Dumoulin venceu a primeira etapa da Volta a Itália (um contra-relógio) e foi o respirar de alívio. Nikias Arndt conseguiu um segundo triunfo para a equipa também no Giro, enquanto Dumoulin reapareceu no Tour com duas vitórias. John Degenkolb só em Agosto regressou aos triunfos na Artic Race, Noruega, mas só somaria mais um na corrida de um dia alemã Sparkassen Münsterland. Warren Barguil foi uma desilusão, a imagem de um ano terrível para a equipa que quer recomeçar em 2018 uma nova fase, já sem Degenkolb, mas com ideia de apostar tudo em Tom Dumoulin e Barguil e numa grande volta.

  • 16ª no ranking World Tour com 435 pontos
  • 15 vitórias (4 no World Tour - 2 no Giro e 2 no Tour)
  • Max Walscheid foi o ciclista com mais vitórias: 5 (todas na Volta a Hainan)


Entre 2011 e 2013 a Giant conquistou 30 vitórias por ano. Em 2014, foram 41, muitas devido a Marcel Kittel que dominou os sprints nesse ano. Em 2015, um vírus afectou o alemão e o registo diminuiu para 18, mas com dois monumentos, a Giant ainda assim estava satisfeita com a temporada. Aquele acidente em Janeiro acabaria por marcar não só o ano, mas claramente o futuro da equipa.

Mas se o ano começou mal, acabou um pouco melhor com o aparecimento de Max Walscheid que recuperou a sua melhor forma e aos 23 anos quer afirmar-se como o sprinter da equipa depois de ter dominado a Volta a Hainan, com cinco vitórias, as primeiras como profissional. A concorrência pode não ter sido muita, mas foi uma excelente motivação para 2017. Tom Dumoulin foi assim ultrapassado, pois acabou o ano com quatro vitórias, ainda que bem mais importantes. De salientar que para o ano a equipa será a Sunweb-Giant.


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