Bruno Pires sem equipa depois da Team Roth surpreender ao fechar portas ao fim de um ano

Imagem da apresentação da equipa que Bruno Pires esperava ver crescer,
mas que terminou ao fim de um ano (Fotografia: Facebook Bruno Pires)

Bruno Pires escreveu que ao ser chamado para uma reunião emergência na Suíça sentiu que algo não estava bem. E realmente as notícias foram as piores. A Team Roth fecha portas depois de apenas ter estado na estrada um ano, no escalão Profissional Continental. A equipa suíça parecia apresentar um projecto que teria um crescimento sustentável, mas a falta de um forte segundo patrocinador acabou por ditar o final muito antecipado da equipa suíça.

A falta de resultados e também o facto de não ter conseguido ser convidada para algumas corridas mais importantes e com outro mediatismo, poderão ter contribuído para o fechar abrupto da formação. A Team Roth, que esteve na Volta a Portugal, nasceu com um misto de ciclistas jovens e alguns mais experientes, como é o caso de Bruno Pires ou o espanhol David Belda.

"Sem segurança financeira será impossível para a nossa equipa continuar a este nível mais uma época. Lamentamos muito ter de tomar esta decisão. Até pouco antes da decisão estávamos ainda em negociações para termos novos patrocinadores, que infelizmente não se concretizou", explicou Stefan Blaser, dono da equipa, através de um comunicado divulgado no site da equipa. Porém, ficou a garantia que a formação de sub-23 irá continuar.

Este anúncio já algo tardio pode complicar a vida a muitos dos ciclistas que agora se vêem sem equipa para o próximo ano. Muitas formações, principalmente as mais influentes, já têm os seus plantéis praticamente definidos para 2017. Ainda assim, com tanto corredores agora no mercado, haverá certamente algumas a procurar reforçar com alguém que não esperavam. Bruno Pires poderá jogar com a sua vasta experiência, sendo também um ciclista respeitado por tudo o que já demonstrou, principalmente nos quatro anos em que esteve na Tinkoff e também pelo ano positivo na Team Roth.

Porém, é uma indefinição que o ciclista português, de 35 anos, certamente não esperava nesta fase do ano. Na sua declaração no Facebook, Bruno Pires escreveu que já está a tratar do seu futuro, não especificando, no entanto, se o objectivo passará por tentar continuar a competir lá fora, ou se poderá regressar a Portugal, depois de em 2011 ter rumado à Leopard-Trek, iniciando a sua carreira no estrangeiro. Não haverá grandes dúvidas que algumas equipas nacionais até poderão estar interessadas em fazer regressar um ciclista que sabem ser de confiança, trabalhador e uma voz experiente.