No Eneco Tour parece que se está a dar, finalmente, os primeiros passos rumo a uma maior segurança na utilização de motos no pelotão em grandes competições. A organização da competição do Benelux preparou as etapas de forma as motos a seguirem por caminhos alternativos em momentos em que passar pelo pelotão simplesmente seria um grande risco. Muitas das estradas não são muito largas e tem sido notório as poucas vezes em que se vê uma moto entre os ciclistas. Um exemplo a seguir, sem dúvida.
Infelizmente os acidentes acontecem mesmo quando se tomam tantas precauções. O desta quinta-feira foi um grande susto para três ciclistas, mas desta vez a sorte esteve do lado corredores... não tanto dos motards que caíram.
A etapa aproximava-se rapidamente do fim, com o pelotão a perseguir freneticamente Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) e os homens da Astana Andrei Grivko e Dmitryi Gruzdev. O trio foi pela esquerda numa rotunda, enquanto uma moto que seguia à frente foi pela direita. Porém, o motard saiu muito largo e bateu numa protecção que o fez perder o controlo da moto. Atravessou a estrada e foi cair no lado contrário, falhando por muito pouco o trio de fugitivos. Um dos motards levantou-se quase de imediato o que terá ajudado o pelotão a perceber que estava ali uma moto caída e todos passaram sem qualquer problema.
— CyclingHub (@CyclingHubTV) 22 de setembro de 2016
Um acidente que não manchou a competição, pois só este ano Antoine Démoitié morreu ao ser atingido por uma moto, Stig Broeckx foi empurrado por uma no início de 2016, voltou à competição para meses depois voltar a estar envolvido num incidente com uma moto, permanecendo em coma. No Paris-Roubaix, foi Elia Viviani quem levou com uma moto que não conseguiu travar a tempo. E estes são só os exemplos deste ano.
Os ciclistas há muito que pedem soluções e têm feito inclusivamente sugestões, mas a UCI continua sem se pronunciar. No entanto, está agendada uma reunião para 30 de Setembro em Milão, na qual estarão presentes ciclistas, directores de equipas, comissários e organizadores de competições. O assunto será precisamente a segurança.
O que está a acontecer no Eneco Tour é um excelente exemplo que pode não resultar em todos os terrenos, mas certamente que é uma hipótese a pensar noutras corridas. Fica também a lembrança que os acidentes acontecem e, às vezes, não passam disso. A diferença é que quando se está a fazer algo para evitar que aconteça, a polémica não existe, pois aquela queda são coisas que não se conseguem prever e o risco está sempre lá para quem conduz estas motos.
»»Boonen deixou um aviso, mas também uma sugestão que dá que pensar««
»»A pergunta que se impõe... ou talvez não««
»»Mais um "atropelamento". Exigem-se medidas urgentes««
O que está a acontecer no Eneco Tour é um excelente exemplo que pode não resultar em todos os terrenos, mas certamente que é uma hipótese a pensar noutras corridas. Fica também a lembrança que os acidentes acontecem e, às vezes, não passam disso. A diferença é que quando se está a fazer algo para evitar que aconteça, a polémica não existe, pois aquela queda são coisas que não se conseguem prever e o risco está sempre lá para quem conduz estas motos.
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