21 de agosto de 2016

Aí está o Tiago Machado que gostamos!

Foram breves quilómetros. Mas ali estava ele. Aquele Tiago Machado a que nos habituámos em anos anteriores, a tentar mexer com a corrida, ambicionando uma vitória. Espera-se que realmente seja a prova que numa Katusha sem um líder definido, que o ciclista português tenha alguma liberdade, porque a sua combatividade poderá dar alguma alegria à equipa russa.

Recorde-se que Joaquim Rodríguez surpreendeu ao anunciar a reforma e nem sequer quis fazer a despedida na Vuelta. Ilnur Zakarin, o russo que a equipa está a preparar para ser o seu homem das grandes voltas, fez o Giro (onde teve uma queda aparatosa já perto do final) e o Tour, ficando agora a descansar. Rein Taaramäe talvez tenha a maior responsabilidade, enquanto Alberto Losada tentará algo nas montanhas. Mas talvez seja mesmo este o melhor momento para Tiago Machado libertar-se um pouco do trabalho de gregário e procurar a sua primeira vitória numa grande volta. O último triunfo do português foi em 2014, quando conquistou a geral da Volta à Eslovénia, então ao serviço da NetApp Endura.

A Katusha até foi novamente a azarada deste início de grande volta. Depois de Michal Morkov ter dado uma queda logo a abrir no Tour, agora foi a vez de Sergey Lagutin pregar um valente susto à equipa e ainda não se sabe se esta segunda-feira estará na linha de partida.

No entanto, o homem do dia foi mesmo Gianni Meersman. Sem os grandes nomes do sprint (estiveram antes na clássica de Hamburgo), o belga da Etixx-QuickStep aproveitou que por uma vez não teve de trabalhar para Marcel Kittel e conquistou a segunda etapa da Vuelta, a sua primeira numa grande volta. E sem grande surpresa, diga-se, dada à concorrência. A equipa pica assim já o ponto, apesar de provavelmente ainda ter algumas ideias Gianluca Brambilla, ao estilo dos ataques que fez no Giro e que até lhe chegaram a valer a liderança.

Apesar do texto ser sobre a Volta a Espanha, vamos abrir aqui uma parênteses. Na clássica de Hamburgo estiveram mesmo os grandes sprinters, que já pedalam a pensar nos Mundiais do Qatar, em Outubro. Nacer Bouhanni (Cofidis) lá ficou sem mais uma vitória por ter mudado de trajectória. Beneficiou o pequeno Caleb Ewan (Orica-BikeExchange). Mas atenção a John Degenkolb (Giant-Alpecin). Foi segundo e está claramente a recuperar a forma. Irá ele também entrar na luta pela liderança da Alemanha nos Mundiais? Giacomo Nizzolo (Trek-Segafredo) fechou o pódio.

Regressando à Vuelta, Michal Kwiatkowski é o novo líder. Peter Kennaugh cedeu a camisola vermelha ao companheiro da Sky e Philippe Gilbert (BMC) deixou indicações que está com vontade de lutar pela camisola dos pontos.

Etapa 3: Marín - Dumbría / Mirador de Ézaro (176,4 quilómetros)
Primeira fase calma, até aos primeiros testes de pernas. Duas terceiras categorias e uma segunda. O destaque vai para a subida ao Mirador de Ézaro, considerada uma das mais bonitas... para quem pode apreciar a paisagem. Ainda não será dia para os favoritos se mostrarem muito, mas haverá alguns ataques de quem pretender ganhar uma etapa.


Resumen - Etapa 2 (Ourense capital termal... por la_vuelta

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