(Fotografia: Team Sky) |
Van Avermaet sempre foi um ciclista combativo e por isso mesmo a BMC o mantém nas suas fileiras desde 2011. No entanto, os resultados nem sempre foram os desejados, com o belga a tornar-se conhecido como o eterno segundo. Philippe Gilbert chegou à equipa no ano seguinte, então com o estatuto de vencedor. Ou seja, era nele que a equipa americana iria apostar nas clássicas. Avermaet teria de esperar pela sua oportunidade, mas nunca baixou a cabeça, nem mesmo quando Gilbert, apesar de não conquistar tantas vitórias como na Lotto, sagrou-se campeão do mundo, confirmando ainda mais a importância dentro da equipa.
Avermaet soube esperar pelo seu momento. Enquanto Gilbert foi perdendo força devido à falta de resultados, Avermaet podia não vencer, mas a sua atitude dava garantias à BMC. Muitas vezes colocado como outsider, o belga acabou por romper com a fama de segundo graças a Sagan. Enquanto o eslovaco ia conquistando fama (e o proveito), Avermaet aproveitou para o derrotar e assim catapultar-se para o sucesso, tornando-se a besta negra de Sagan.
Chega então à Volta a Flandres como um dos grandes favoritos e uma BMC a protegê-lo. Porém, uma queda de vários ciclistas da equipa deixa-o a chorar. Clavícula partida. Fim da época das clássicas. Ainda não seria este ano que conquistaria o monumento que o colocará entre os históricos ciclistas belgas.
O duro golpe voltou a ser uma possibilidade para demonstrar todo o seu carácter. Não sabe o que é baixar os braços. A vitória em Lioran, na Volta a França, é daquelas que será recordada por muito tempo. É certo que o pelotão não mostrou interesse em perseguir. É certo que a Tinkoff não estava preocupada em manter a amarela de Sagan - nem o eslovaco ia esforçar-se muito para isso. Mas mais certo é como Avermaet leu a corrida. Como deixou um grupo de nove quando percebeu que era preciso deixar quem não trabalhava para trás. Fugiu a Thomas de Gendt quando se imaginaria que seria o ciclista da Lotto Soudal o favorito para enfrentar as subidas que lhes restavam.
Não. Avermaet foi a solo. Sempre a subir, a aguentar-se nas descidas e a ganhar tempo. Até ele ficou surpreendido quando vestiu a camisola amarela. Pensava ele que o Tirreno-Adriático tinha sido a sua grande surpresa. O belga tem completa noção do quanto este é um momento único na sua carreira, pelo que disse que irá aproveitá-lo o máximo que puder. Tem uns incríveis 5:11 minutos de vantagem sobre o segundo classificado, Julian Alaphilippe, no entanto, ele próprio aponta para perder a camisola na chegada aos Pirenéus, que espera ser para os colegas Tejay Van Garderen ou Richie Porte.
A vitória há um ano no Tour tinha sido muito especial - e lá está, bateu Sagan - a deste ano tornou-se no momento mais alto da carreira, alcançado aos 31 anos. Não só pelo triunfo, mas pela forma como o conseguiu e por ter levar uma amarela para casa.
Ano de estreias na liderança do Tour: Mark Cavendish, Peter Sagan e agora Avermaet.
Com Gilbert definitivamente de parte na BMC - está inclusivamente de saída - Avermaet será o líder indiscutível da equipa e tem agora um objectivo por cumprir: falta aquele monumento. E há ainda a realçar: Avermaet é definitivamente um vencedor por mérito próprio, como merece, e não será mais apenas conhecido como a besta negra de Sagan.
Este ano, não só continuou a ser essa besta negra como venceu finalmente uma clássica na Bélgica, a Omloop Het Nieuwsblad Elite... batendo Sagan. Avermaet sentia que tinha chegado o seu momento para os dois monumentos que ambiciona na sua carreira. Mas o destino (e o mau tempo) proporcionaram-lhe aquela que seria a maior surpresa - até esta quarta-feira, pelo menos - ao vencer o Tirreno-Adriático. Com o cancelamento da etapa de montanha devido à neve, o belga viu-se de amarelo e no contra-relógio final defendeu-se com o que tinha e não tinha. E sim... bateu Sagan.Winning a stage in @letourdefrance and taking yellow! #dreamscometrue #ride_bmc pic.twitter.com/l9cfkG5msI— Greg Van Avermaet (@GregVanAvermaet) 6 July 2016
Chega então à Volta a Flandres como um dos grandes favoritos e uma BMC a protegê-lo. Porém, uma queda de vários ciclistas da equipa deixa-o a chorar. Clavícula partida. Fim da época das clássicas. Ainda não seria este ano que conquistaria o monumento que o colocará entre os históricos ciclistas belgas.
O duro golpe voltou a ser uma possibilidade para demonstrar todo o seu carácter. Não sabe o que é baixar os braços. A vitória em Lioran, na Volta a França, é daquelas que será recordada por muito tempo. É certo que o pelotão não mostrou interesse em perseguir. É certo que a Tinkoff não estava preocupada em manter a amarela de Sagan - nem o eslovaco ia esforçar-se muito para isso. Mas mais certo é como Avermaet leu a corrida. Como deixou um grupo de nove quando percebeu que era preciso deixar quem não trabalhava para trás. Fugiu a Thomas de Gendt quando se imaginaria que seria o ciclista da Lotto Soudal o favorito para enfrentar as subidas que lhes restavam.
Não. Avermaet foi a solo. Sempre a subir, a aguentar-se nas descidas e a ganhar tempo. Até ele ficou surpreendido quando vestiu a camisola amarela. Pensava ele que o Tirreno-Adriático tinha sido a sua grande surpresa. O belga tem completa noção do quanto este é um momento único na sua carreira, pelo que disse que irá aproveitá-lo o máximo que puder. Tem uns incríveis 5:11 minutos de vantagem sobre o segundo classificado, Julian Alaphilippe, no entanto, ele próprio aponta para perder a camisola na chegada aos Pirenéus, que espera ser para os colegas Tejay Van Garderen ou Richie Porte.
A vitória há um ano no Tour tinha sido muito especial - e lá está, bateu Sagan - a deste ano tornou-se no momento mais alto da carreira, alcançado aos 31 anos. Não só pelo triunfo, mas pela forma como o conseguiu e por ter levar uma amarela para casa.
Ano de estreias na liderança do Tour: Mark Cavendish, Peter Sagan e agora Avermaet.
Com Gilbert definitivamente de parte na BMC - está inclusivamente de saída - Avermaet será o líder indiscutível da equipa e tem agora um objectivo por cumprir: falta aquele monumento. E há ainda a realçar: Avermaet é definitivamente um vencedor por mérito próprio, como merece, e não será mais apenas conhecido como a besta negra de Sagan.
Flamme rouge - Étape 5 - Tour de France 2016 por tourdefrance
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