25 de maio de 2016

Kruijswijk: ataquem que ele aguenta

(Fotografia: giroditalia.it)
Primeiro grande teste à sua liderança, numa terceira semana que não terá um momento de sossego para Steven Kruijswijk. Sem uma equipa forte para o ajudar, a questão seria até quando o holandês aguentaria ataques dos adversários, que já se esperava que viessem de todos os lados. Kruijswijk mostrou como se faz, numa exibição brilhante e que certamente frustrou os seus rivais.

Foi à vez: Nibali, Valverde, Zakarin, Jungels... era vê-los tentar afastarem-se do camisola rosa. E Kruijswijk? Só não se preocupou muito com Bob Jungels (Etixx-QuickStep), porque aos outros, respondeu sempre. Uma, duas, três vezes, este holandês teve um super dia, mesmo tendo em conta que rapidamente ficou sozinho, apesar de um grande esforço de dois colegas. "Hoje [terça-feira] senti-me bem", salientou. E era óbvio que estava a falar a verdade. O ciclista a Lotto-Jumbo acrescentou que não foi assim tão fácil, pois afinal foi muito atacado.

Mas o poderio de Kruijswijk foi ainda um pouco mais longe. Não só aguentou, como até fez um pequenos contra-ataques, mostrando aqui tabém inteligência. Apesar de se sentir bem, ainda faltam pelo menos três etapas complicadas. Há que poupar forças, pois esta foi apenas a primeira amostra do que espera ao ciclista.


(Fotografia: giroditalia.it)
Apesar do trabalho da Astana, Vincenzo Nibali afundou-se e até saiu do pódio. Já Alejandro Valverde deu sinal à sua Movistar que está mesmo recuperado do mau dia que teve no sábado e pronto para ainda tentar discutir o Giro, ou pelo menos, ficar no pódio. E já se sabe que o espanhol também aproveita as oportunidades que lhe surgem para conquistar etapas e nada melhor do que ter já garantido na sua Volta a Itália de estreia uma vitória, batendo o camisola rosa nos últimos metros.

E ficou o aviso: a diferença é grande - 3:23, um pouco menos que à partida com a ajuda das bonificações -, mas Valverde ainda não atirou a toalha ao chão. O alerta é também para Johan Esteban Chaves (Orica-GreenEDGE). Por momentos pareceu que o colombiano seria o derrotado do dia. Porém, acabou por revelar muita frieza, mesmo quando via o grupo de favoritos a afastar-se. Tal como o camisola rosa, Chaves conta com uma ajuda limitada da equipa, mas encontrou o seu ritmo e salvou o segundo lugar, tendo ficado satisfeito com isso mesmo. Mas tem Valverde a 23 segundos.

Outra das figuras do dia foi Zakarin. O russo da Katusha deve estar um pouco frustrado com Kruijswijk. O holandês nunca lhe deu espaço e Zakarin bem atacou. Foi compensado com a subida na classificação e está a 4:50. Não vai certamente desistir de pelo menos chegar ao pódio, mas seria estranho não ver o russo tentar uma vitória de etapa, naquela que é a sua segunda participação numa grande volta. A primeira foi precisamente no Giro há um ano.

A luta pelo top dez também vai ficando definida, com Rigoberto Uran (Cannondale) a comprovar ser uma das desilusões do Giro.


Giro d'Italia 2016 - Stage 16 - Highlights por giroditalia

Confira o resultado da etapa e as classificações.

Etapa 17: Molveno - Cassano D'Adda (196 quilómetros)




Depois de um dia muito rápido, afinal eram "apenas" 132 quilómetros entre Bressasone e Andalo, voltamos às etapas longas. Esta quarta-feira serão 196 quilómetros, os primeiros 120 com sobe e desce, incluindo uma quarta categoria. Mas depois de Brescia é o momento para os sprinters, que tanto sofreram na terça-feira para conseguir entrar dentro do tempo limite, tentarem lutar por uma vitória numa semana de montanhas. Ou então, também é dia para uma fuga triunfar, caso faltem forças às equipas dos poucos sprinters ainda em prova. Trek-Segafredo e Lampre-Merida poderão assumir as despesas do pelotão, para procurar a primeira vitória para Giacomo Nizzolo e Sacha Modolo, respectivamente. No primeiro caso, somar pontos será imperativo, já que Diego Ulissi (Lampre) aproximou-se e agora só está a oito do líder desta classificação.


Giro d'Italia 2016 - Stage 17 por giroditalia

Sem comentários:

Enviar um comentário